ATA DA QÜINQUAGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 25-6-2003.

 


Aos vinte e cinco dias do mês de junho de dois mil e três, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Carlos Alberto Garcia, Elias Vidal, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Raul Carrion, Reginaldo Pujol e Zé Valdir. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Darci Campani, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Pedro Américo Leal, Renato Guimarães, Sebastião Melo, Valdir Caetano e Wilton Araújo. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Beto Moesch, o Pedido de Providências nº 975/03 (Processo nº 3101/03); pelo Vereador Carlos Alberto Garcia, o Pedido de Providências nº 954/03 (Processo nº 3035/03) e a Indicação nº 024/03 (Processo nº 3089/03); pelo Vereador Cláudio Sebenelo, o Pedido de Providências nº 969/03 (Processo nº 3095/03); pelo Vereador Darci Campani, o Projeto de Resolução nº 058/03 (Processo nº 3026/03), pelo Vereador João Bosco Vaz, o Projeto de Lei do Legislativo nº 154/03 (Processo nº 3067/03), pelo Vereador Nereu D'Avila, o Pedido de Providências nº 971/03 (Processo nº 3097/03) e o Projeto de Lei do Legislativo nº 156/03 (Processo nº 3078/03); pelos Vereadores Raul Carrion e Dr. Goulart, 01 Substitutivo ao Projeto de Lei do Legislativo nº 239/02 (Processo nº 3738/02); pelo Vereador Wilton Araújo, o Pedido de Providências nº 966/03 (Processo nº 3092/03). Também, foram apregoados os seguintes Ofícios, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre: de nº 366/03, informando que se ausentará do Município das doze horas do dia vinte e seis até a noite do dia vinte e sete de junho do corrente, quando participará de reunião com o Ministro da Previdência Social, Senhor Ricardo Berzoíni, a ser realizada em Brasília – DF; de nº 367/03, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 025/03 (Processo nº 3174/03). Ainda, foram apregoados os seguintes Requerimentos, deferidos pelo Senhor Presidente, solicitando desarquivamento de processos: de autoria do Vereador Dr. Goulart, com referência ao Projeto de Resolução nº 044/02 (Processo nº 0367/02); de autoria do Vereador João Antonio Dib, com referência ao Projeto de Lei do Legislativo nº 144/02 (Processo nº 2451/02) e aos Projetos de Lei Complementar do Legislativo nºs 005/00 e 004/01 (Processos nºs 1121/00 e 1115/01, respectivamente); de autoria do Vereador Zé Valdir, com referência aos Projetos de Lei do Legislativo nºs 089 e 090/00 (Processos nºs 1427 e 1428/00, respectivamente). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nºs 295 e 296/03, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; 10328140, 10340127 e 10340135/03, do Senhor Sady Carnot Falcão Filho, Diretor-Executivo do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. A seguir, o Senhor Presidente registrou as presenças dos Senhores Pedro Maciel, José Salimen Júnior e Luiz Borges, respectivamente, Editor-Chefe, Diretor de Expansão e Diretor Comercial do Jornal do Comércio, convidando-os a integrarem a Mesa dos trabalhos e informando que Suas Senhorias comparecem a este Legislativo para solenidade em homenagem aos setenta anos de fundação do Jornal do Comércio. Ainda, como extensão de Mesa, foram registradas as presenças dos Senhores Carlos Bastos, Fernando Albrecht, Danilo Ucha e Roberto Brenol de Andrade, editores do Jornal do Comércio. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Vereadores Raul Carrion, Haroldo de Souza, Cláudio Sebenelo, Valdir Caetano, Zé Valdir, Nereu D'Avila, Cassiá Carpes, Carlos Alberto Garcia, Beto Moesch e Reginaldo Pujol, que se manifestaram em saudação ao transcurso do septuagésimo aniversário de fundação do Jornal do Comércio. Em seguida, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Pedro Maciel, que discorreu sobre o transcurso do septuagésimo aniversário de existência do Jornal do Comércio, relembrando fatos alusivos à história desse periódico, desde a criação do boletim Consultor do Comércio, em mil novecentos e trinta e três. Também, salientou o processo de profissionalização pelo qual passou esse veículo de comunicação, o qual, informou Sua Senhoria, ocupa a liderança no segmento de jornalismo voltado ao empresariado sul-rio-grandense. Às quatorze horas e trinta e seis minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta e um minutos, constatada a existência de quórum. Na ocasião o Senhor Presidente registrou a presença dos Senhores Baeck Soo Lee, Mestre de Tae-Kwon-Do, empresário de futebol e proprietário do jornal Koreia; Yoon Mul Lo, Secretário da Federação Mundial de Tae-Kwon-Do, Carlos Camacho e Caori Yude, Mestres de Tae-Kwon-Do e representantes da Associação Gaúcha de Tae-Kwon-Do, convidando Suas Senhorias a integrarem a Mesa dos trabalhos e concedendo a palavra ao Vereador Carlos Alberto Garcia que, em nome da Casa, saudou os Senhores visitantes e anunciou a realização, no período de dezenove a vinte e três de novembro do corrente, do Primeiro Campeonato Aberto de Tae-Kwon-Do, nas dependências da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Também, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Baek Soo Lee, que agradeceu a acolhida recebida nesta Casa e convidou a todos para prestigiarem o evento mencionado. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Márcio Kasper de Marsillac, representante da Associação de Pilotos da Viação Aérea Rio-Grandense - VARIG - APVAR, que discorreu a respeito das negociações que tratam da fusão da VARIG com a empresa TAM Linhas Aéreas Sociedade Anônima, questionando os benefícios dessa empreitada. Ainda, defendeu a urgência de adoção de política de aviação nacional e de medidas que viabilizem a permanência das atividades da VARIG. Na oportunidade, foi apregoado Requerimento da Vereadora Clênia Maranhão, solicitando Licença para Tratamento de Saúde, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Paulinho Ruben Berta, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Educação, Cultura e Esportes. Também, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Carlos Alberto Garcia, João Bosco Vaz, Pedro Américo Leal, Haroldo de Souza, Valdir Caetano, Paulinho Ruben Berta, Maristela Maffei, Cassiá Carpes, Raul Carrion, Reginaldo Pujol e Luiz Braz manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Ainda, o Senhor Presidente comunicou que o Vereador Elói Guimarães representou externamente este Legislativo na solenidade de posse dos integrantes do Conselho Estadual de Defesa do Consumidor do Estado do Rio Grande do Sul e assinatura do Termo de Cooperação Técnica com entidades representativas de setores que demandam reclamações no Programa Estadual de Defesa do Consumidor – PROCON, realizada na sala Alberto Pasqualini do Palácio Piratini. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo n°s 061/94, discutido pelos Vereadores Margarete Moraes, Reginaldo Pujol e Elias Vidal, 084/03, discutido pelo Vereador Raul Carrion, e 133, o Projeto de Lei do Executivo n° 021/03, este discutido pelos Vereadores Reginaldo Pujol e Raul Carrion; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo n°s 008 e 009/03, os Projetos de Lei do Legislativo n°s 124/03, este discutido pelos Vereadores Margarete Moraes, Raul Carrion e Zé Valdir, 125/03, discutido pelo Vereador Raul Carrion, e 136/03, o Projeto de Lei do Executivo n° 022/03. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Elias Vidal deu continuidade à análise do Projeto de Lei do Legislativo n° 061/94, que cria Comitês de Defesa da Criança e do Adolescente contra a Agressão e Maus Tratos - CODAMA - nas escolas da rede municipal de ensino de Porto Alegre. Ainda, apreciou matéria publicada no jornal Zero Hora do dia de ontem, relativa ao Programa Cuca Fresca, lançado pelo Governo do Estado a fim de inibir o uso de drogas e combater a depressão. Na ocasião, o Vereador Reginaldo Pujol manifestou-se sobre o pronunciamento efetuado pelo Vereador Elias Vidal em Comunicação de Líder. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Marcelo Danéris, solicitando, nos termos do artigo 218, § 6º, do Regimento, Licença para Tratamento de Saúde para o Vereador Renato Guimarães, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente João Batista Pirulito, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Na ocasião, foram apregoadas Declarações firmadas pelo Vereador Marcelo Danéris, Líder da Bancada do PT, informando o impedimento dos Suplentes Berna Menezes e Juberlei Bacelo em assumirem a vereança no dia de hoje, em substituição ao Vereador Renato Guimarães. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Isaac Ainhorn, comentando decisão do Supremo Tribunal Federal, a qual, no entender de Sua Excelência, assegura a abertura do comércio aos domingos, saudou tal ato como exercício de direito. Nesse contexto, narrou histórico de apreciação dessa matéria, salientando que, ressalvadas as variantes propostas, tem sido tema de recorrente discussão neste Legislativo desde o ano de mil novecentos e oitenta e seis. O Vereador Sebastião Melo registrou a participação de Sua Excelência, juntamente com os Vereadores Beto Moesch, Dr. Goulart e Almerindo Filho, em audiência pública realizada hoje, destinada a tratar sobre a questão da destinação dos resíduos sólidos da Cidade. Também, reportou-se a declarações prestadas à imprensa pelo Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República, acerca das políticas implementadas em nível federal. O Vereador Beto Moesch manifestou-se sobre questões atinentes ao funcionamento do Aterro Sanitário Santa Tecla, discorrendo sobre a necessidade de que o Poder Público Municipal priorize a adoção de políticas que viabilizem o uso racional dos recursos naturais, a coleta seletiva dos resíduos sólidos e hospitalares e a reciclagem desses resíduos, como forma de proteção ao ambiente natural de Porto Alegre. O Vereador Valdir Caetano, comentando dados alusivos à discriminação racial verificada na sociedade brasileira, teceu considerações sobre o Projeto de Lei do Executivo nº 024/03 (Processo nº 3134/03), que dispõe sobre a reserva de vagas para afro-descendentes em concursos públicos para provimento de cargos efetivos, posicionando-se contrariamente a essa proposta, por entender que o estabelecimento de políticas afirmativas acaba por promover segregações. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença de alunos e das professoras Rosita Schulz, Mara Couto, Fernanda Ribeiro e Lúcia Manganelli, do Instituto de Educação São Francisco, informando que Suas Senhorias comparecem a este Legislativo para participarem do Projeto de Educação Política desenvolvido pelo Memorial da Casa junto a escolas e entidades de Porto Alegre e da Região Metropolitana. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Luiz Braz dissertou sobre os posicionamentos adotados pelos integrantes do Poder Judiciário em relação à proposta de reforma do sistema público de previdência social, proposta pelo Governo Federal e atualmente em tramitação no Congresso Nacional, externando sua contrariedade à adoção de tratamentos diferenciados em relação à percepção de benefícios previdenciários por parte dos juízes e desembargadores brasileiros. O Vereador Raul Carrion, reportando-se ao pronunciamento efetuado pelo Vereador Valdir Caetano em Comunicação de Líder, apoiou as disposições constantes no Projeto de Lei do Executivo nº 024/03 (Processo nº 3134/03). Também, relatou as propostas defendidas pelo Partido Comunista do Brasil em relação à reforma da previdência social e informou estar prevista a votação, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, de Proposta de Emenda Constitucional que estabelece aos Municípios a competência para legislar sobre os dias de funcionamento do comércio. O Vereador Paulinho Ruben Berta alertou este Legislativo para os problemas estruturais enfrentados pela população residente no Bairro Rubem Berta, mencionando a inexistência de policiamento em quantidade suficiente para garantir a segurança daqueles moradores, bem como a falta de um estabelecimento de ensino médio que atenda os jovens da região. Ainda, propugnou pela adoção de medidas públicas que viabilizem a solução das problemáticas apresentadas por Sua Excelência. O Vereador Reginaldo Pujol comentou declarações prestadas pelo Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República, através das quais Sua Excelência externou sua convicção na melhoria das condições de vida do povo brasileiro, através da adoção de políticas voltadas ao bem comum. Nesse sentido, discorreu sobre as relações estabelecidas entre os Poderes Executivo e Legislativo Federais, especialmente no que tange à tramitação da proposta de reforma do sistema de previdência social brasileiro. O Vereador Marcelo Danéris, reportando-se ao pronunciamento efetuado pelo Vereador Reginaldo Pujol em Comunicação de Líder, defendeu o governo do Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, mencionando a participação de Sua Excelência em movimentos políticos de defesa dos interesses das camadas menos favorecidas da população brasileira. Também, comparou diretrizes políticas defendidas pelo Partido dos Trabalhadores e outros partidos políticos que exerceram a Presidência da República. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal do Vereador Reginaldo Pujol, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, tendo o Vereador Beto Moesch manifestado-se sobre o assunto. Às dezessete horas e um minuto, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e dois minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, foram apregoadas a Emenda nº 02, de autoria do Vereador Sebastião Melo, Líder da Bancada do PMDB, e a Emenda nº 03, de autoria do Vereador Marcelo Danéris, Líder da Bancada do PT, ambas ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 018/02 (Processo nº 3413/02). Na ocasião, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Sebastião Melo, solicitando que as Emendas nºs 02 e 03, apostas ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 018/02 (Processo nº 3413/02), fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 018/02, com ressalva das Emendas a ele apostas, por vinte e oito votos SIM, após ser discutido pelos Vereadores Sebastião Melo, Marcelo Danéris e Darci Campani e encaminhado à votação pelos Vereadores Elói Guimarães, Wilton Araújo, Reginaldo Pujol, Marcelo Danéris, Isaac Ainhorn e Luiz Braz, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cláudio Sebenelo, Darci Campani, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Wilton Araújo, Zé Valdir, João Batista Pirulito e Paulinho Ruben Berta. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 018/02, o Vereador Wilton Araújo cedeu seu tempo de discussão ao Vereador Sebastião Melo. Foi aprovada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 018/02, por vinte e seis votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cláudio Sebenelo, Darci Campani, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Wilton Araújo, João Batista Pirulito e Paulinho Ruben Berta. Foi aprovada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 018/02. Foi rejeitada a Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 018/02, por dezesseis votos SIM e doze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Isaac Ainhorn, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Darci Campani, João Antonio Dib, João Batista Pirulito, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Zé Valdir e Não os Vereadores Beto Moesch, Cláudio Sebenelo, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Pedro Américo Leal, Wilton Araújo e Paulinho Ruben Berta. Na oportunidade, o Vereador Reginaldo Pujol manifestou-se sobre a votação da Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 018/03 (Processo nº 3413/02) e os Vereadores Marcelo Danéris e Raul Carrion manifestaram-se sobre a possibilidade de renovação de votação da referida Emenda. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 194/01 e a Emenda nº 01 a ele aposta, com ressalva da Emenda nº 02, após serem discutidos pelos Vereadores Reginaldo Pujol, Elói Guimarães e Luiz Braz e encaminhados à votação pelos Vereadores Darci Campani e Beto Moesch. Após, foi aprovada a Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 194/01. Foi aprovado o Processo nº 2673/03 (Indicação da funcionária Marjane Bartolomé Martins como representante da Comissão de Saúde e Meio Ambiente no Conselho Municipal de Saúde), de autoria da Comissão de Saúde e Meio Ambiente. A seguir, foi aprovada a prorrogação dos trabalhos da presente Sessão, nos termos regimentais, por vinte e três votos SIM e dois votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Cláudio Sebenelo, Darci Campani, Dr. Goulart, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Valdir Caetano, Wilton Araújo, Zé Valdir, João Batista Pirulito e Paulinho Ruben Berta e Não os Vereadores Carlos Alberto Garcia e Pedro Américo Leal. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 260/01, com ressalva das Emendas a ele apostas, por vinte e quatro votos SIM, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Wilton Araújo, Nereu D'Avila, Carlos Alberto Garcia, Raul Carrion e Luiz Braz, em votação nominal solicitada pelo Vereador João Antonio Dib, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Darci Campani, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Valdir Caetano, Wilton Araújo, Zé Valdir e João Batista Pirulito. Foram aprovadas as Emendas nºs 01, 02 e 03, apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 260/01. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nºs 137 e 232/02 e 013 e 022/03. Em Discussão Geral e Votação Nominal, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 037/03, o qual teve sua discussão adiada por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador João Carlos Nedel. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nºs 039, 047 e 055/03 e os Projetos de Resolução nºs 001, 018 e 026/03. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Resolução nº 028/03, o qual teve sua discussão adiada por duas Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Carlos Alberto Garcia. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Resolução nºs 029, 034 e 037/03. Na oportunidade, foram aprovados Requerimentos verbais dos Vereadores Reginaldo Pujol e João Bosco Vaz, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Foi aprovado o Requerimento nº 121/03 (Processo nº 2926/03 - Moção de Solidariedade aos funcionários da Viação Aérea Rio-Grandense Sociedade Anônima - VARIG, pela exclusão dos créditos trabalhistas e previdenciários da participação acionária da empresa que for criada a partir da fusão dessa empresa com a TAM Linhas Aéreas Sociedade Anônima), de autoria do Vereador Carlos Alberto Garcia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 214/02. Às dezenove horas e treze minutos, constatada a inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores João Antonio Dib e Maria Celeste e secretariados pela Vereadora Maria Celeste e pelo Vereador Aldacir Oliboni, este como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Maria Celeste, 1ª Secretária, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Na Sessão de hoje, registramos, com muito orgulho, o comparecimento da Diretoria do Jornal do Comércio, que completou 70 anos, que será homenageada pela Casa do Povo de Porto Alegre.

Eu convido o Jornalista José Salimen Júnior, que é o Diretor de Expansão do Jornal do Comércio e o nosso querido Pedro Maciel a compor a mesa.

Registramos a presença do Jornalista Carlos Bastos, Editor de Política; Fernando Albrecht, Editor de Opinião, da nossa querida página 3; o Danilo Ucha e o Roberto Brenol Andrade.

Meus caros Pedro Maciel e Salimen Júnior, quero dizer que 70 anos são vinte e quatro mil e oitocentos e sessenta e oito dias de excelentes serviços prestados a Porto Alegre, ao Estado e ao Brasil.

Mas também quero dizer que, hoje, eu, na Presidência da Câmara Municipal, tenho parte desta Presidência em débito com o Jornal do Comércio. Eu o faço lembrando a figura extraordinária de Jenor Cardoso Jarros.

Cheguei em Porto Alegre em 1945, estudante, com muitas dificuldades. Passei um ano muito trabalhoso.

Em 1946, estudante do Colégio Júlio de Castilhos, eu podia fazer os polígrafos do Colégio, mas não tinha recursos para fazer com que eles fossem impressos, e, uma vez impressos, eu pudesse vender a meus colegas e teria uma excelente fonte de renda. Procurei o Consultor do Comércio - lá se vão cinqüenta e sete anos, portanto, acompanho o Jornal do Comércio, nos seus 70 anos, durante cinqüenta e sete anos -, e lá cheguei, como jovem estudante, disse que precisava fazer a impressão daqueles polígrafos, que seriam uma fonte de receita para mim, que facilitaria em muito os meus estudos, mas que não tinha dinheiro para fazer com que eles fossem pagos antecipadamente, como deveria ser, que seria necessário que confiassem em mim. E eu vejo, naquele momento, o Dr. Jenor Cardoso Jarros, no seu gabinete envidraçado, separado da ala onde era mimeografado parte do Consultor do Comércio, porque uma parte também era impressa, e ele me olhava, e os outros dirigentes do jornal me olhavam, e eu cada vez me sentia menor. E eles me disseram: “Não, Sr. Dib, nós vamos confiar no senhor. O senhor pode fazer a impressão, e depois o senhor vem pagar”. E depois, então, o tratamento foi de pai para filho, foi um tratamento fraterno. Todas as vezes que eu chegava lá, às vezes, com alguma pressa, porque haveria um exame, uma sabatina, o Consultor do Comércio parava para que os polígrafos do Colégio Júlio de Castilho fossem impressos e o João Dib pudesse levá-los aos seu colegas, e manter a sua fonte de renda. E passei a ter um segundo e terceiro ano no Júlio de Castilho muito tranqüilo, inclusive no primeiro ano da Escola de Engenharia.

Mas hoje nós estamos reunidos aqui para dizer da excelência do jornal, jornal que, com seriedade, abrange todos os setores da vida da nossa sociedade, da nossa vida política, da nossa vida comercial e industrial, da vida jurídica, trazendo informações precisas, seguras e que fazem parte da vida de todos aqueles que têm responsabilidade sobre a coisa pública. De segunda a sexta-feira, pela manhã, todos já estão pesquisando o Jornal do Comércio para saber das notícias corretas, sintéticas, precisas e fazendo, portanto, o jornal, aquele extraordinário serviço que deve ter um jornal. O jornal deve, antes e a cima de tudo, fazer a pesquisa da verdade, e o Jornal do Comércio faz isso com muita competência, com muita seriedade, e, para todos nós, com muita felicidade. Por isso, meu caro Salimen e meu caro Pedro Maciel, e também não posso esquecer da querida Zaida Jarros, a Presidente da Cia. Jornalística Jornal do Comércio, não posso esquecer aquela figura extraordinária que está sempre presente na vida de todos nós, com a sua alegria, com seu entusiasmo pela vida, e ainda, recentemente, na festa do aniversário, eu vi com que entusiasmo ela fez o seu pronunciamento. Então, a nossa homenagem também na pessoa da Dona Zaida Jarros, ao Belmar Jarros, ao Márcio Tumeleiro e a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, fazem esse grande jornal de segunda-feira até sexta -feira. Saúde, paz e felicidade para todos vocês!

O Ver. Raul Carrion está com a palavra.

 

O SR. RAUL CARRION: Em primeiro lugar, queríamos trazer a saudação do PC do B aos nossos amigos, Sr. José Salimen Jr., Diretor, Pedro Maciel e ao Carlos Bastos também, e, saudando-os, saúdo toda a equipe e os funcionários do Jornal do Comércio. Eu creio que chegar aos 70 anos num mercado editorial competitivo como Porto Alegre é um atestado da qualidade do trabalho do Jornal do Comércio, que nasceu junto com o Dia da Indústria, dia 25 de maio, mas que, apesar de ele ser especializado na área econômica, não é somente um jornal econômico. O Jornal do Comércio trata com profundidade e seriedade as questões econômicas, e nós, que consideramos esse aspecto da realidade como extremamente importante, não podemos prescindir do Jornal do Comércio; também, na parte política, há imparcialidade, pluralidade; temos opiniões de pessoas de diversas visões que nos permitem uma correta apreciação do momento. Há uma programação visual moderna, houve uma mudança há pouco tempo no Jornal. O nosso Partido já tem oitenta e um anos e sabe o que significa a preservação de um trabalho de tanto tempo, de 70 anos. Eu creio que é o segundo jornal mais antigo de Porto Alegre, se não estou equivocado. É um patrimônio do nosso Estado, da nossa Cidade. Parabéns do Partido Comunista do Brasil ao Jornal do Comércio. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, o JC é como um time de futebol equilibrado, faz os seus golos jornalísticos e joga para o seu leitor. Como em todo grande jornal, ele vai criando uma espécie de vício no seu leitor. Mesmo antes de entrar para a política, eu tinha vícios em cima do JC, eu ia direto à página 3, do Fernando Albrecht, que pega um universo todo do jornalismo, e à coluna do meu ex-chefe de futebol de rádio, o querido Jornalista Carlos Bastos. Ninguém chega a 70 anos de vida na imprensa simplesmente por chegar. Setenta anos significam a consolidação de um trabalho que sempre foi feito com muita seriedade.

Ao estar aqui esse time fantástico do JC, só posso abraçá-lo carinhosamente em nome do PMDB, em nome do Ver. Sebastião Melo e dizer para vocês que o JC é um pedaço muito querido do Rio Grande e que possamos, daqui a setenta anos, estar aqui para comemorarmos cento e quarenta, que também será uma passagem gloriosa. O Jornal do Comércio tem, na sua editoria política principalmente, o seu destaque, onde opiniões são feitas com a maior liberdade possível, e, no destaque, esse talentoso menino chamado Fernando Albrecht, na sua página 3, consolidando na eficiência e no trabalho - desculpem os demais por eu não citar o nome, mas falo das pessoas que sempre tive ao meu redor nas andanças jornalísticas por aí - o meu querido Carlos Bastos. Aos dois estou fazendo a homenagem em nome do PMDB. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Registro a presença do Sr. Luiz Borges, que é o Diretor Comercial, e solicito que faça parte da Mesa.

O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Queremos registrar aqui a história do Jornal do Comércio na pessoa do Jornalista Valter Lockmann, que era um irmão, e na pessoa do médico da empresa chamado Dr. Cesare Cardoso Nanni, pois foi quem me ensinou a ler o Jornal do Comércio. Hoje não se ensina mais; é uma atitude natural dos porto-alegrenses, pelo avanço, pela audácia da paginação interessante, brilhante, inteligente, colorida, alegre; é um jornal de um astral fantástico, é tudo que precisamos como jornalismo neste momento de grande depressão do mundo, as figuras do Fernando, do Bastinhos e do Salimen, que fazem parte da nossa paisagem humana com tanta importância, não só pelo seu talento e pela sua história na crônica gaúcha, mas também pelo que são como pessoas, pelo que eles criaram, as suas famílias, as amizades e a atmosfera de felicidade social que colocam todos os dias nas mãos dos consumidores gaúchos. Muito obrigado por vocês existirem.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Valdir Caetano está com a palavra.

 

O SR. VALDIR CAETANO: Sr. Presidente, João Antonio Dib, Jornalista Pedro Maciel, Sr. Salimen Jr., Srs. Vereadores, não poderia, de forma nenhuma, deixar passar em branco esta data e não falar no Jornal do Comércio, da sua importância. Não é todos os dias que se faz 70 anos, mas fazer 70 anos da forma como faz o Jornal do Comércio, com a sua imparcialidade, com as suas notícias, com o seu dinamismo realmente é um orgulho para todos nós. Quero parabenizá-los, e que muitos 70 anos possam vir com esta mesma dignidade, com esta imparcialidade, com o trabalho que os senhores têm feito. Eu falo isso em nome do meu Partido, o Partido Liberal, pela atenção que os senhores têm dado não somente ao nosso Partido, mas a todos os Partidos políticos.

Sr. Presidente, gostaria de falar da mesma forma de toda a nossa imprensa, mas infelizmente não posso. Parabéns, Jornal do Comércio! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Zé Valdir está com a palavra.

 

O SR. ZÉ VALDIR: Sr. Presidente, nós queremos saudar o Jornal do Comércio na pessoa do Jornalista Pedro Maciel, do seu Diretor de Expansão José Salimen Jr., e também o Carlos Bastos, o Albrecht, que acompanham esta Sessão. Eu diria, numa linguagem poética, que o Jornal do Comércio envelhece sorrindo como os fortes envelhecem. Aqui na Câmara podemos constatar ainda mais a importância do Jornal do Comércio, que hoje já é um patrimônio da nossa Cidade. É um veículo de comunicação que presta, à Câmara e à sociedade gaúcha e porto-alegrense, um enorme trabalho, porque é um dos jornais que mais dá cobertura a esta Casa, seja nos momentos tensos, seja nos momentos bons que esta Casa enfrenta, porque é uma Casa sujeita a todas as intempéries da democracia. O Jornal do Comércio está sempre presente; é um jornal que, alheio aos modismos, vai-se consolidando com um trabalho sério, objetivo, que engrandece a cidade de Porto Alegre e o Estado do Rio Grande do Sul, também engrandece o jornalismo gaúcho e, de uma maneira geral, acho que é um exemplo para o jornalismo gaúcho. Por isso queremos, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, saudar e homenagear os 70 anos do Jornal do Comércio. Muito obrigado, Jornal do Comércio!

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente, ilustres visitantes, representados na Mesa pelo Sr. Pedro Maciel, José Salimen Jr., Luiz Borges, também saúdo nosso amigo e partidário Carlos Bastos, nosso Fernando Alvarez, Danilo Ucha, os demais que nos honram com suas presenças aqui nesta delegação, em nome da Dona Zaida, do nosso querido Jornal do Comércio. A Bancada do PDT, aqui representada pelos Vereadores Isaac Ainhorn, Dr. Goulart, João Bosco Vaz e Ervino Besson, quer deixar muito claro o nosso carinho, do PDT, da Bancada, do Partido, pois sou Presidente do Diretório Metropolitano, portanto, do Partido também. Os partidos políticos, em geral, devem à imprensa livre, que é um dos pilares da democracia e que o Jornal do Comércio, nesses 70 anos, tão bem representa.

O Rio Grande do Sul deve-se ufanar de ter veículos de comunicação que têm lá suas opiniões, que têm lá suas idiossincrasias, mas o Jornal do Comércio, justamente por abranger ou ter a abrangência que, no início da sua existência, era dirigida especificamente a um segmento, hoje, sem dúvida, em um jornalismo moderno, a cores, dinâmico, é absolutamente democratizado, opiniões editoriais - e o nosso Pedro é um dos que acolhem as opiniões lá, de todos os matizes, não só partidariamente falando, mas em outros setores da comunidade, em qualquer assunto tem a tribuna livre do Jornal do Comércio; isso é, realmente, o exercício da democracia. Então eu diria, até extrapolando esta Câmara, que representa a cidade de Porto Alegre, e tenho certeza de que a Assembléia pensa isso, que o Rio Grande ufana-se de ter, não só através do Jornal do Comércio, um exercício absolutamente pertinente e democrático, à altura do terceiro milênio e que, a cidade de Porto Alegre, por nós representada, aqui, como Poder Legislativo, não poderia deixar de reconhecer e proclamar isso em alto e bom som. A presença dos senhores hoje, aqui na Câmara, representa essa simbiose, esse entrelaçamento entre o Parlamento livre, escolhido pela população, e um jornalismo sadio, livre e democrático. Parabéns pelos 70 anos do nosso Jornal do Comércio.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, este é um momento grandioso, histórico nesta Casa, pela dinâmica do Jornal do Comércio, pelas pessoas que eu vejo aqui – até não gostaria de citar os nomes, mas vejo ali o Albrecht, o Bastos -, enfim, é um jornal que nos conquistou. É um jornal que eu - certa vez, na Rede Pampa, disse ao Albrecht: “Não tinha o costume de ler o Jornal do Comércio, até porque achava que o Jornal do Comércio era um jornal mais de economia, mas, aí, comecei a gostar do jornal e hoje ele faz parte da minha rotina pela qualidade, pela dinâmica e pelos profissionais que trabalham naquele jornal.”

Portanto, parabéns da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, em nome deste Líder, do Ver. Elói Guimarães e do Ver. Elias Vidal, e que vocês possam fazer mais cem, duzentos anos com essa linha de conduta essencial, fundamental para a política, para a economia e para a sociedade rio-grandense. Parabéns, este é o desejo do Partido Trabalhista Brasileiro.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Sr. Pedro Maciel, Sr. Salimen Jr., Sr. Luiz Borges, representando o Jornal do Comércio pelo aniversário de 70 anos. Quero também fazer uma saudação ao Sr. Danilo, Sr. Carlos Bastos, Sr. Fernando Albrecht e dizer que este jornal, ao longo desses anos, tem-se modernizado, mas conserva também uma constante. Quero também saudar a Sr.ª Zaida Jarros, que não está presente hoje, a qual coloco como um simbolismo de modelo feminista por ser uma pessoa atuante, presente e que está sempre junto aos seus funcionários.

O jornal tem uma característica: uma das coisas que sempre marca este jornal, por exemplo, é a coluna “No Cenáculo”, que sempre o acompanha ao longo de todos esses anos – até pela própria origem da família, uma família metodista. É um jornal que aqui na Câmara, no seu dia-a-dia, é muito discutido; começa pela coluna do Fernando Albrecht, que, cada vez que larga uma notícia da Câmara é notícia e discussão; o Carlos Bastos, muitas vezes, nós reclamamos, porque está muito no panorama nacional. Carlos Bastos, olha um pouquinho para nós aqui, de vez em quando!

Mas este jornal, realmente, tem essa visão ágil, moderna e, a cada ano que passa, ele evolui.

Então, nós gostaríamos de, em nome do Partido Socialista Brasileiro, parabenizá-los pela longa existência e externar este carinho especial que temos pela Zaida Jarros. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Beto Moesch está com a palavra.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, o Partido Progressista, integrado, além de V. Ex.ª, pelos Vereadores Pedro Américo Leal, João Carlos Nedel e por este Vereador, entende que hoje é um dia especial, porque nós estamos homenageando os 70 anos de um patrimônio dos gaúchos: o Jornal do Comércio. Um jornal que se vem modernizando, extremamente sério, com uma equipe técnica extraordinária, fácil para trabalhar. E gostaríamos de, nas pessoas dos Jornalistas Pedro Maciel, Salimen Júnior, Luis Borges e, também, dos nossos amigos Jornalistas, o Albrecht, o Carlos Bastos, Danilo Ucha, parabenizar todos os jornalistas do Jornal do Comércio, todos os funcionários e nos somar a esses 70 anos do Jornal do Comércio, uma leitura obrigatória nos dias de hoje. Quem quer estar bem informado dos acontecimentos de Porto Alegre, do Estado do Rio Grande do Sul, obrigatoriamente, tem de abrir o Jornal do Comércio.

E nós ficamos satisfeitos, porque em todos os escritórios, empresas, em todos os estabelecimentos está lá o Jornal do Comércio, um jornal democrático, de ampla circulação por todo o Estado do Rio Grande do Sul, mostrando que, além de um jornal ter de mostrar capacitação técnica ou informação, ele também tem de ser democrático, fazer com que o leitor e os agentes de notícia se integrem a este jornal, como muito bem faz o Jornal do Comércio. Os nossos parabéns. E mandem também o nosso abraço à nossa querida Dona Zaida, que personifica muito bem o Jornal do Comércio. Longa vida ao Jornal do Comércio! Parabéns.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, eu quero me integrar às demais manifestações dos vários Líderes de Bancada que já se fizeram ouvir nesta tarde, saudando o Jornal do Comércio, quando do transcurso do seu 70.º aniversário. É evidente que a visita dos Jornalistas Pedro Maciel, José Salimen Júnior e, ainda, Luís Borges, nos dá uma dimensão da forma pela qual o Jornal do Comércio se relaciona com esta Casa. Os seus colunistas, o Carlos Bastos, o Fernando Albrecht, o Paulo Gérson, enfim, todos aqueles que fazem a cobertura diária desta Casa, fazem-na com muita consideração e muito respeito. Como “amor com amor se paga”, eu acho que nós, da Câmara Municipal, devemos ao Jornal do Comércio, à Companhia Jenor Jarros, esse carinho e essa atenção e, sobretudo, essa consideração. Eu quero que transmitam aos demais colegas que labutam nesse tradicional veículo da imprensa porto-alegrense os cumprimentos e os augúrios da Câmara Municipal de que o Jornal do Comércio continue sendo esse jornal vibrante, equilibrado, bem editado e, sobretudo, muito responsável. Tenham todos as nossas homenagens e o nosso respeito.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Como foi visto, a homenagem foi simples, sincera e, sobretudo, muito justa. Falaram todas as Lideranças e a Mesa. Neste momento, os Vereadores é que serão homenageados, porque fala, agora, o Jornalista Pedro Maciel, do Jornal do Comércio.

 

O SR. PEDRO MACIEL: Boa-tarde. Eu gostaria de agradecer ao Presidente João Antonio Dib, a todas as Bancadas e Vereadores, a todos os amigos que nós temos nesta Casa. Depois de tantos elogios, torna-se difícil conseguir agradecer na mesma intensidade com que fomos distinguidos. Assim como os Vereadores representam Porto Alegre, o Jornal do Comércio também mantém uma ligação com Porto Alegre; não só histórica, mas afetiva. Nós temos interagido intensamente com Porto Alegre e com o Rio Grande do Sul nos últimos 70 anos. A Capital tinha trezentos mil habitantes em 1933 e recém começava a perder o ar de cidade provinciana, quando Jenor Cardoso Jarros fundou, junto com Dona Zaida Jayme Jarros e com o amigo Ismael Varella, o Consultor do Comércio - um boletim mimeografado que transformava a chegada diária de produtos, o movimento dos navios e o conteúdo de suas cargas em uma valiosa informação para o comércio de Porto Alegre. Tão valiosa que, durante a Guerra - entre 1939 e 1945 -, as informações sobre a movimentação de navios e seus manifestos de carga acabaram sendo consideradas de importância para a segurança nacional e acabaram censuradas. O Governo temia que, caindo nas mãos dos inúmeros espiões alemães que supunha operarem no Estado, essas informações fossem transmitidas para a Alemanha e, de uma ou outra maneira, se voltassem contra a soberania nacional. Talvez o cuidado com supostos espiões fosse exagero, mas a censura perdurou até o final da Guerra, o que não impediu que o Consultor do Comércio prosseguisse a sua trajetória de boa informação e de êxitos que o transformariam no Jornal do Comércio, em 1.º de outubro de 1956.

A preocupação do editor do Consultor do Comércio, na época, já era a mesma que até hoje orienta o Jornal do Comércio: transmitir informação qualificada dos acontecimentos econômicos e dos outros acontecimentos do interesse dos gaúchos, e investir sempre na evolução do produto que é entregue ao leitor todos os dias. É necessário registrar que, quando completamos 70 anos de atividades ininterruptas, o Jornal do Comércio continua em permanente desenvolvimento. Após uma reestruturação feita há cerca de cinco anos, quando a empresa foi profissionalizada e passou a investir em todas as áreas do jornal, temos conseguido manter a expansão com a média de crescimento de 12% ao ano, um índice que está acima da média do mercado de jornais do Brasil. Esse crescimento assegura nossa liderança no Estado no segmento empresarial, assegura também condições de continuarmos em permanente evolução e ampliarmos a forte relação de confiança com o leitor que o Jornal do Comércio construiu e aprofundou nesses 70 anos de história, e que contribui para fortalecer a credibilidade conquistada ao longo dos anos. No nosso entendimento, essa credibilidade representa o maior e mais valioso patrimônio que não só o Jornal do Comércio mas que qualquer jornal pode exibir. É essa confiança que nos permite continuar acreditando em um futuro melhor para o Jornal do Comércio. Eu gostaria, mais uma vez, de agradecer aos senhores pela gentileza, pelas palavras afetuosas e de carinho que nos dirigiram. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Pedro Maciel me trouxe à memória a figura extraordinária de Ismael Varella. Ismael Varella era todo coração, todo alma. Mas nós queremos agradecer ao Jornalista Pedro Maciel, ao Jornalista Salimen Júnior, ao Jornalista Luiz Borges, a todos Jornalistas que os acompanham aqui, e à direção desse Jornal por essa oportunidade que nos deram de dizer que nós desejamos para o Jornal do Comércio longa vida e continuado sucesso. Saúde e paz!

Eu suspendo a Sessão por um minuto para que possamos cumprimentar os nossos convidados.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h36min.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib – às 14h41min): Estão reabertos os trabalhos. Registramos a presença do Mestre Baeck Soo Lee, empresário e dono do jornal Koréia – empresário de futebol -; do Mestre Yoon Mul Lo, Secretário da Federação Mundial de Tae-kwon-do; e dos Mestres Carlos Camacho e Caori Yude, da Associação Gaúcha de Tae-kwon-do, que já estão fazendo parte da Mesa e nos honram com suas presenças.

Eu pediria ao Ver. Carlos Alberto Garcia que fizesse a saudação aos nossos ilustres visitantes. V. Ex.ª fala em nome da Casa do Povo de Porto Alegre.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Queremos dizer que os Mestres que estão aqui vêm ao mesmo tempo visitar a Câmara Municipal de Porto Alegre e fazer um convite: do dia 19 a 23 de novembro, Porto Alegre será a sede mundial do 1.º Campeonato Aberto de Tae-kwon-do. Os senhores representantes da Coréia que aqui estão vieram fazer a vistoria do local onde será realizado o evento, que será na Pontifícia Universidade Católica. Quero dizer que Porto Alegre receberá mais de cinco mil atletas oriundos de mais de dez países da Europa, da Ásia e inúmeros países aqui da América do Sul e América Latina. É importante os senhores e as senhoras saberem que é a primeira vez que esse evento será realizado no nosso hemisfério. Portanto a nossa saudação aos senhores e muito obrigado pela presença aqui em Porto Alegre. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Sr. Baek Soo Lee está com a palavra.

 

O SR. BAEK SOO LEE: Meu nome é Baek Soo Lee, da Federação Mundial de Tae-kwon-do, quero registrar que a Copa do Mundo aberta de Tae-kwon-do será realizada na PUC de Porto Alegre, do dia 19 até 23 de novembro. Sessenta e cinco coreanos virão para Porto Alegre; foram convidados a participar cinqüenta e quatro países do mundo. Mais ou menos cinco mil atletas estarão participando do campeonato. Esse evento é realizado pela Associação Gaúcha de Tae-kwon-do, pelo Mestre Carlos Camacho. Agradeço por tudo, meu muito obrigado pelo apoio de todos os Vereadores. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Mestre Baek Soo Lee, nós é que agradecemos; agradecemos, inclusive, a V. S.ª pelo esforço de falar um português que foi muito bem entendido. Saúde e paz! (Pausa.)

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O Sr. Márcio Kasper de Marsillac, representando a Associação de Pilotos da VARIG - APVAR, está com a palavra, para tratar de assunto relativo à fusão da VARIG, pelo tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. MÁRCIO KASPER DE MARSILLAC: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, gostaria de agradecer, inicialmente, em nome de todo o corpo de funcionários da VARIG e de suas entidades representativas, a oportunidade de neste espaço estar trazendo a nossa visão sobre a solução que se encaminha para a crise da VARIG e do mercado de aviação.

A fusão colocada como encaminhamento de solução que hoje vislumbramos não nos parece ser o melhor encaminhamento, seja para a solução da crise que as empresas aéreas vivem ou como solução para o próprio mercado de aviação para que se equilibre o próprio mercado de aviação. É, no mínimo, um equívoco se encaminhar a solução para a crise vivida por todo esse setor pela fusão. Primeiro, porque esse processo não trouxe, em nenhum outro país mundo afora, um equilíbrio sustentável para esse mercado; e não o trará, também, com certeza, para o Brasil.

As conseqüências oriundas desse encaminhamento são extremamente graves em nosso ponto de vista. Haverá a potencialização do número de demissões que ocorrerão para fazer um equilíbrio entre demanda e oferta desse mercado que está superofertado e que haverá de buscar o seu equilíbrio; com isso ocorrerão demissões, mas trazer o equilíbrio para o mercado através da fusão potencializará enormemente o número de demissões nesse setor.

A criação de um monopólio de uma empresa que deterá de 75% a 80% do mercado de aviação assim como em outros países trará como conseqüências o aumento de preços, a diminuição de horários de vôos ofertados e a diminuição de localidades servidas por essas empresas. Parece-nos que, por si só, isso já justificaria um estudo, um aprofundamento de análises de outras alternativas como solução, tanto para a crise das empresas como para a do próprio mercado.

Não bastasse tudo isso, o modelo de fusão ora proposto revela um profundo desequilíbrio de participação das duas empresas envolvidas: VARIG e TAM. Esse desequilíbrio é oriundo da restrição de um único parâmetro para se analisar a participação e para se determinar a participação dessas duas corporações nessa nova empresa que surge. Restringir a análise do patrimônio líquido de cada uma das empresas, entendendo que com isso poderá-se determinar a participação dessas duas corporações na nova empresa, é restringir demais a análise para esse processo. Há outros aspectos como a cultura técnico-operacional, o valor da marca, o histórico de cada uma das empresas, a sua inserção no mercado, o seu desempenho no próprio mercado. E aqui eu gostaria de salientar que a VARIG é a empresa que, nos últimos dez anos - e a única empresa que nos últimos dez anos -, mantém taxas de ocupação acima da média do mercado brasileiro. Isso significa dizer que a sustentação da taxa de ocupação do mercado brasileiro se dá hoje nesses patamares frutos da taxa de ocupação que a VARIG mantém.

Não bastasse isso, analisando mais profundamente o modelo proposto pelo Banco Fator, vislumbra-se a completa desconsideração de créditos de origem trabalhista, de créditos tributários e de créditos de previdência complementar. Falo aqui do Fundo de Pensão dos Funcionários do Grupo VARIG. Esses créditos não estão sendo envolvidos no processo de reestruturação e de recapitalização da empresa; estão ficando para a Fundação Ruben Berta e as empresas auxiliares que se manterão com a Fundação Ruben Berta. Isso significa, senhores, que esses créditos não serão contemplados no futuro. Aqui nós poderíamos caracterizar como esse modelo tendo como conseqüência um calote nos créditos e contingências trabalhistas, nos créditos tributários do Estado e no crédito de previdência complementar, o Instituto AEROS.

Como já foi salientado, qualquer processo de fusão provoca, por si só, demissões. Dentro do plano desenhado pelo Banco Fator e pela empresa B Company, está proposta a demissão de todo o corpo funcional da VARIG para que possa, em momento subseqüente, parte dele ser contratado em outro CNPJ, um CNPJ novo, com salários menores, tentando, com isso, deixar o passivo e a contingência trabalhista e os passivos tributários e previdenciários de fora da sucessão da nova empresa.

A TAM, em compensação, traz para essa nova corporação, para essa nova holding o seu CNPJ, o que significa trazer todo o seu corpo funcional e traz, sim, o seu passivo para dentro da empresa.

Em virtude dessas colocações, as entidades de classe e o corpo de funcionários da VARIG têm-se colocado não só contra a fusão, mas especialmente contra o modelo de fusão que aqui se apresenta, por entender que conceitualmente isso se caracteriza muito mais como um processo de absorção dos melhores ativos da VARIG pela TAM.

Se a VARIG tem os seus problemas – e temos que reconhecer que os têm – de origem administrativa e gerencial e que provocaram a situação de crise financeira em que hoje vive, é interessante que se saiba que a TAM também tem os seus problemas de origem muito mais no desempenho de mercado, de origem muito mais no desempenho operacional e que já provoca, na empresa, também uma crise financeira.

Mas o País tem que ter solução para o seu mercado de aviação e tem que encaminhar uma solução para as suas empresas aéreas. O que colocamos aqui é que colocar esse encaminhamento como um processo de fusão não garantirá uma empresa aérea brasileira forte que possa representar o País dentro e fora de suas fronteiras. O exemplo mais próximo que temos com relação a isso ocorreu no Canadá, e já foi citado hoje pela manhã na Comissão de Representação Externa instituída na Assembléia Legislativa. O Canadá fusionou as suas empresas, atingindo uma concentração de 75% desse mercado e, dois anos depois, essa empresa se encontra em concordata.

Se o Brasil quiser ter um mercado de aviação saudável, com um número maior de empresas que possam garantir uma concorrência justa e equilibrada, terá que desenvolver, terá que criar uma política nacional de aviação para rever toda a cadeia de produção, o quanto incide a carga tributária sobre esse produto e terá que estabelecer um marco regulatório que coíba, que não permita que se desenvolva uma concorrência desleal como vemos hoje em dia. É isso que irá garantir um mercado de aviação rentável, saudável e produtivo.

As entidades de classe contrataram uma assessoria especializada e desenvolveram um projeto alternativo para a VARIG e que pode, sim, ser replicado conceitualmente, em suas premissas, para as demais empresas aéreas brasileiras, e que traz em seu bojo um roteiro de trabalho para a criação de uma política nacional de aviação e de um marco regulatório.

Acontece que já tivemos várias oportunidades de estar junto ao Governo Federal levando essa alternativa, mas realmente não obtivemos uma abertura de discussão sobre essa alternativa. Entendemos que temos que construir um caminho, um encaminhamento político e nada melhor do que fazê-lo tendo como base o Rio Grande do Sul para que essa análise técnica possa vir a ser feita.

Estaremos, na próxima segunda-feira, reunindo no Auditório Dante Barone, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, o Governo do Estado, a Bancada Federal gaúcha, a Assembléia Legislativa, e já foi feito o convite a todos os Vereadores, e o refaço aqui, para que lá estejam criando a frente gaúcha em defesa da VARIG e dos direitos dos trabalhadores. Estaremos, na oportunidade, apresentando um pouco mais detalhadamente quais são os conceitos e quais são as premissas dessa proposta alternativa, para que possamos, entidades de classe, sociedade gaúcha, as casas políticas deste Estado e o Governo do Estado, estar levando a Brasília essa alternativa.

Agradecemos por esta oportunidade e nos colocamos à disposição para todo e qualquer esclarecimento. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Prezado Sr. Márcio, representando a Associação dos Pilotos da VARIG, tratando deste assunto que nos últimos dias tem agitado não só Porto Alegre, o Rio Grande, mas todo o Brasil. Nós tivemos a oportunidade, tão logo tomamos conhecimento deste assunto, de propor aqui nesta Casa, uma Moção de Solidariedade, que deve ser aprovada no dia de hoje. Essa Moção de Solidariedade é aos funcionários da VARIG S.A. pela exclusão dos créditos trabalhistas e previdenciários, da participação acionária na empresa que for criada a partir da fusão VARIG/TAM. Não conseguimos entender que uma empresa, nos seus setenta e cinco anos - e aí não vai nenhum bairrismo -, uma empresa sólida, respeitada nacional e internacionalmente, possa ficar com 5% nessa proposta de fusão, 35% para TAM e 60% seriam distribuídos entre os credores nacionais e internacionais, com exceção dos funcionários. Portanto, em nome do nosso Partido, o Partido Socialista Brasileiro, e o Deputado Beto Albuquerque tem defendido lá em Brasília, somos solidários à causa dos senhores, porque entendemos que esta também é a nossa causa. Muito Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente, Sr. Márcio, esta questão da VARIG não é uma luta isolada dos funcionários da VARIG, é uma luta do povo gaúcho e deveria ser uma luta do povo brasileiro, por tudo o que representa a VARIG, não só para o Rio Grande do Sul, mas para o Brasil, pela sua história, pela sua competência. Essa questão da fusão, em que a VARIG fica com 5% e a TAM com 25%, isso é uma incorporação da VARIG à TAM, isso é um absurdo. Nós não podemos concordar com isso, absolutamente não! Então, quero deixar aqui e reafirmar, em nome do PDT, em nome dos meus companheiros Vereadores, do meu Líder, Ver. Isaac Ainhorn, Ver. Ervino Besson, Ver. Dr. Goulart, Ver. Nereu D’Avila, a postura que o nosso Presidente Nacional, Leonel Brizola, a postura que o nosso Presidente Regional, Vieira da Cunha, tem tomado na defesa dos interesses do povo gaúcho. A VARIG é um patrimônio de todos nós. É verdade que a VARIG enfrenta dificuldades, sim, como toda a grande empresa. Agora, essa solução que aí está não é a melhor solução, porque vai acabar prejudicando não só a empresa como um todo, mas seus funcionários, e toda uma história fantástica de que nós gaúchos temos um grande orgulho. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Clênia Maranhão solicita Licença de Tratamento de Saúde no dia de hoje.

 

(Obs.: Foi apregoado o Requerimento de Licença da Ver.ª Clênia Maranhão e dada posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)

 

Faço agora para que, se ele desejar, também possa se pronunciar na Tribuna Popular.

O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Márcio Kasper de Marsillac, o senhor tem um Marsillac no nome, é parente do General Marsillac? A indagação tem nexo. Eu quero lhe dizer que, de supetão - e foi de supetão mesmo - eu via a VARIG, e sempre admirei... E quem não admira a VARIG? Ou quem não quase venerou a VARIG pela forma de fé, de crédito que ela tinha em todo mundo, e tem. E, repentinamente, de supetão, eu vejo que a VARIG está em “maus lençóis”. Por quê? O que aconteceu? Eu não sei. Eu tenho estado e, por coincidência, estou aqui com o PDT do lado, eu sou PP, e tenho mantido na televisão com Alceu Collares, e o PDT tem sido um grande batalhador pela pujança e pela forma de vida da VARIG, Alceu Collares tem colocado isso comigo, várias vezes, mais ele do que eu. E não entendo por que, de supetão, a VARIG veio abaixo. Querem a levar para São Paulo? Isso é o que afirma Alceu Collares. E deve também pretender afirmar Leonel Brizola. Não são do meu Partido, são meus amigos. Então, o que há? Por que foram aqui abordados 5%? Estão liquidando a VARIG, e o Rio Grande está patético!

Entrei na luta pelo Sulbrasileiro. O Governo Federal colocou há pouco tempo muito dinheiro para resolver o problema dos bancos. Por que não auxiliou a VARIG? Quem são os embaixadores da VARIG? Onde estão os defensores da VARIG? O Rio Grande vai contemplar isso de braços cruzados?

A VARIG vai ser exterminada, porque talvez a sigla pouco a pouco não exista mais.

O que estão tramando contra a VARIG? Negócios são negócios, isso é negócio, tenho a impressão, cheiro isso pelas minhas ventas grandes, de que alguma coisa está-se passando e querem levá-la para São Paulo. (Palmas.)

O Governo, hoje, está em São Paulo, é muito paulista; ABC, o ABC está na moda, querem transportar a VARIG, exterminar a VARIG, eliminar a VARIG, por quê? Para quê?

Não sei o que fazer. Agora, assim como lutei pelo Sulbrasileiro, posso lutar também pela VARIG, mas eu quero armas, quero munição, porque senão, o que posso fazer? Só falar? Talvez adiante, mas é pouco. (Palmas.) Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sr. Márcio Kasper de Marsillac, da Associação de Pilotos da VARIG, esse é o tipo de fusão estabelecido, encomendado pelo Governo e que não resiste a nenhum questionamento básico. Ele vai revelando, aos poucos, o que a gente vai tomando conhecimento, um desequilíbrio gritante em favor dos acionistas do grupo TAM. (Palmas.)

Aí está a definição do Ver. Pedro Américo Leal: em não saber o porquê. E eu faria um pedido aqui: nós termos acesso aos acionistas da TAM. Se nós tivermos acesso aos nomes dos acionistas da TAM, nós poderemos chegar a um lugar-comum a respeito do que está-se fazendo com a VARIG.

É inadmissível que numa fusão o bom da VARIG passe para a TAM e o que não está bem na VARIG permaneça com a velha VARIG.

O senhor mesmo disse, aqui, que até já começa a enfrentar crise financeira. Então, a TAM vai resolver os seus problemas em cima da crise da VARIG. Quem ganha com isso? Que fusão é essa? Que interesses maiores estão escondidos embaixo desse tapete das negociações de banco encomendado para que a VARIG deixe de existir e a TAM resolva os seus problemas?

O pedido que o senhor fez da Frente Gaúcha pela VARIG é uma necessidade e uma obrigação de todos nós do Rio Grande do Sul, independente de classe social, independente de sermos políticos ou não. É a defesa de uma tradição que não é mais do Rio Grande do Sul, é uma tradição brasileira e, para quem viaja, é um orgulho brasileiro, lá fora. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Valdir Caetano está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. VALDIR CAETANO: Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib, Sr. Márcio Kasper de Marsillac, eu vejo com relação a essa questão da fusão TAM/VARIG, VARIG/TAM - nós, que tantas vezes já fomos acariciados com propagandas da VARIG, pela televisão -, que a VARIG não é somente uma companhia aérea; VARIG, VARIG, VARIG, é uma poesia no ar.

A VARIG tem que continuar soberana, como sempre foi. Queremos que a TAM, como companhia área nossa também, nacional, desenvolva; quanto maior o desenvolvimento das nossas indústrias, seja do artigo que for, melhor. Mas que a VARIG continue conosco, crescendo soberana. Viva a VARIG! (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Paulinho Ruben Berta está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. PAULINHO RUBEN BERTA: Sr. Presidente, ao cumprimentá-lo, quero dizer que é um orgulho voltar a esta Casa.

Eu gostaria de colocar que a VARIG, hoje, é um patrimônio rio-grandense, é um patrimônio do povo gaúcho e que não só alguns, mas todos os gaúchos têm por obrigação sair em defesa do Rio Grande do Sul e do Brasil. É um patrimônio que precisa ser preservado no Rio Grande do Sul, e, dessa forma, nós, do PPS, estamos à disposição e estaremos juntos nessa luta pela manutenção da VARIG, e também junto às entidades de classe que a representam. Dessa forma fica o PPS colocado à disposição do Sr. Márcio para que juntos com todo o povo gaúcho, com todos os Partidos, com todo mundo nós vamos brigar e vamos lutar pela manutenção da VARIG. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Maristela Maffei está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Associação dos Pilotos da VARIG, Associação dos Comissários, Associação dos Mecânicos de Vôos, Associação dos Aposentados, Sindicado dos Aeroviários aqui presentes, existem três situações - quero olhar bem para vocês - em que nós somos profundamente respeitados em nível internacional: uma é o futebol, a outro é o carnaval, apesar de que estão dizendo que o Brasil não está tão bem agora, e a outra questão é quando nós chegamos lá com a VARIG.

Isso não diz demérito algum a qualquer outra companhia, mas com certeza esse orgulho, como muito bem foi dito anteriormente, cala muito fundo no nosso coração. Agora, não é uma questão apenas de um corpo que aqui... Apesar de todos os problemas, nós somos sabedores de que o salário acima de 1 mil e 600 reais não está sendo mais pago. Soubemos de todo o problema, o que não pode ser um discurso fácil aqui também de achar que é um problema apenas do Governo que entrou agora, que a crise internacional há muito nesse setor já vem sucumbindo, e o 11 de setembro mostra a conseqüência maior do que aconteceu em todo esse setor aeroviário. Portanto, acho que nós temos que ter responsabilidade para termos o apoio de todos.

Também queremos chamar atenção, sim, do Governo Federal, e nos colocarmos aqui como parceiros, enquanto Bancada do Partido dos Trabalhadores para que o nosso Presidente Lula, eleito por nós, receba-nos, juntamente com vocês, que são neste momento os maiores interessados. Portanto, a Bancada do Partido dos Trabalhadores quer ser parceira neste momento, para sermos recebidos, e, mais do que nunca, o Sindicato está aqui e todas as associações. Temos de ter força, porque a questão da economia é um problema de todos nós. A questão aérea é um problema da corporação e também de toda sociedade, e, aqui, especificamente a VARIG é sim um problema de toda a sociedade gaúcha.

Terminando, eu gostaria de agradecer aqui ao Presidente Ver. João Antonio Dib, que abriu essa exceção em que o Ver. Haroldo de Souza teve um papel importante para que conseguíssemos este espaço, hoje, que não é tão pequeno não porque vocês todos estão aqui, e seremos parceiros nesta luta com a responsabilidade necessária, sabendo relativizar os problemas internacionais por que passa essa corporação e que é um problema de todos nós. Com certeza estamos com vocês e vamos lá.

Voa VARIG, sempre! Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, quero saudar a presença do Sr. Márcio, da Associação dos Pilotos da VARIG, e quero dizer que essa questão não poderia ser de outra forma aqui nesta Casa se não a de ter o apoio de todas Bancadas, até porque, lá no fundo, os gaúchos se vangloriam de ter a VARIG - de ter o Gre-Nal, como nesta essa faixa aqui. A VARIG sempre elevou o nome do Rio Grande e do Brasil. Parece-me que essa questão não é somente política; é uma questão mais ampla, porque os partidos políticos passam ou permanecem, às vezes contraditoriamente, fora da realidade brasileira; a VARIG não, a VARIG é um problema social, um problema trabalhista. Então, qualquer tipo de Governo tem que olhar para esse patrimônio do Rio Grande, patrimônio do Brasil que sempre elevou lá fora o nome do nosso País. Portanto, não é assim que um Governo, seja ele qual for - e estamos falando deste que está aqui -, venha a preterir a VARIG por outra empresa. Temos que dar as condições para a recuperação da VARIG, porque é um patrimônio que leva o nome do Brasil e deve sempre, por qualquer Governo ser prestigiada, valorizada e equiparada a uma das maiores companhias do mundo. Portanto, a VARIG deve permanecer, e por isso que esta Casa faz a Moção de Apoio, para que tenhamos fortalecida a VARIG no Brasil e no mundo. Muito obrigado, e um abraço, Márcio.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Raul Carrion está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. RAUL CARRION: A nossa saudação ao Sr. Márcio Marsillac, Vice-Presidente da APVAR; aos companheiros do Sindicado, às associações presentes e aos funcionários da VARIG. Nós vamos repetir um pouco o nosso pronunciamento já realizado numa Sessão desta Casa. Temos, primeiro, o entendimento de que, independente de eventuais equívocos gerenciais, a raiz, a matriz da crise da VARIG não pode ser encontrada dentro da VARIG, mas, sim, na própria política governamental, que começa com os congelamentos tarifários, continua com a total desregulamentação do setor, com a abertura criminosa do setor para a concorrência predatória no campo da aviação, com a taxação muito superior à taxação internacional, que é de 7,5% nos Estados Unidos - hoje chega, creio, a 35% no Brasil, em torno de 17% na Europa. Como a VARIG chegou a uma situação de dificuldade, fruto de descaminhos também governamentais, é preciso que a solução do Governo da União leve em conta essa dívida, diríamos assim, com a VARIG e encontre, com cautela, a verdadeira saída. Não nos parece que a proposta que hoje vigora, de fusão com a TAM, seja nesse caminho; a notícia é de que são milhares de demissões; a notícia é de que a VARIG fica somente com 5%; os seus funcionários seriam demitidos e depois readmitidos, enquanto que com a TAM seria diferente. Eu vejo um possível calote no passivo trabalhista, no passivo previdenciário, inclusive no passivo tributário da VARIG, porque, se ela ficar com 5%, não terá condições de honrar; é a repetição daquela novela que vimos nas privatizações. O Poder Público “ficou com o osso”, e as empresas que adquiriram “ficaram com o filé”. Temos a nossa CEEE nessa situação.

A Bancada do Partido Comunista do Brasil é solidária, está junto para uma solução responsável, que efetivamente tire a VARIG das dificuldades, e não que liquide com a VARIG. Muito obrigado. Vitória!

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Comandante Márcio Marsillac, em nome do PFL e como gaúcho, como homem que pela primeira vez se deslocou de Quaraí para o mundo através das asas da VARIG; como homem que, pela primeira vez, saiu do Rio Grande, saiu transportado pela VARIG e pela primeira vez que passou pelo Atlântico e pelo Pacífico, passou pelas asas da VARIG, eu quero dizer a vocês, a ti Márcio, filho da Léa e do Fernando, que vocês não podem prescindir do apoio de toda a sociedade gaúcha na defesa da VARIG, que é um patrimônio do Rio Grande. (Palmas.)

Não há que se discutir; razões há as mais diversas; causas há as mais diversas. Nós podemos ficar um dia inteiro, uma vida inteira arrumando causas para a situação a que hoje chegou a VARIG. O que nós temos de fazer agora é procurar a solução. Quem sabe a solução até passa pelo plano de vocês, funcionários da VARIG, plano que tem de, ao menos, ser examinado, ao menos ser considerado; não pode simplesmente ser afastado. (Palmas.)

Eu quero te dizer o seguinte, Márcio: nós gaúchos não vamos ficar com a história recente muito rica. Nós já vimos criarem a desordem econômica do Estado: quando dobraram o Banco Sulbrasileiro, o Meridional veio sucedê-lo, mas não supriu e nem cobriu o grande baque econômico que o Rio Grande teve. Era um Governo a que eu me vinculava. Traiu o Rio Grande! Eu espero que o Governo, a que eu não me vinculo hoje, mas que teve a maioria dos votos do Rio Grande, não repita a traição e não permita essa confusão - essa fusão, para mim, é uma verdadeira confusão. (Palmas.)

Tenho certeza, Márcio, que esta Casa, por todas as razões do mundo, como todos os Líderes já colocaram, não vai faltar com vocês. Aliás, Sr. Presidente, eu peço que a Moção que nós devemos regimentalmente submeter à consideração da Casa no momento oportuno seja considerada desde já aprovada, porque espero que todos os Vereadores sejam solidários com a VARIG. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Luiz Braz está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, eu falo em nome do PSDB, do meu companheiro e Líder da Bancada, Ver. Cláudio Sebenelo, que não se encontra presente, agora, para cumprimentar o Márcio e todos os trabalhadores da VARIG, porque essa luta que os senhores e senhoras efetuam não é uma luta apenas em defesa do emprego de cada um, mas é uma luta em defesa do orgulho do Rio Grande do Sul e em defesa de uma causa, talvez uma das mais nobres defendidas nos últimos tempos, já que a VARIG tem sido um símbolo para todos nós que vivemos aqui nestas paragens. Eu acredito que é tão rica a causa que vocês defendem que nós temos que apelar para os Governos, tanto do Município como do Estado, como também para o Governo Federal, no sentido de que envidem todos os esforços a fim de que o problema possa ser acompanhado de perto e possa ser resolvido, não com discursos, mas com ações. Eu acredito que não é hora de enfrentamentos políticos, mas é hora de colaboração de todos para que possamos, realmente, chegar a uma solução.

Pediria ao Presidente desta Casa, meu querido amigo Ver. João Dib, que pudesse designar uma comissão, que, acredito, fosse no máximo de três Vereadores, para acompanhar de perto essa movimentação, dos funcionários da VARIG, a fim de que esta Casa possa estar presente em todos os atos realizados em prol de uma VARIG forte e de uma aviação que possa orgulhar todos nós, brasileiros. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Ver. Luiz Braz, tanto a proposição de V. Ex.ª quanto a proposição do Ver. Reginaldo Pujol serão examinadas rapidamente. Meu caro Márcio Kasper de Marsillac, se esta Casa, com a Tribuna Popular, conseguiu colocar um pequeno vetor na composição de forças que tenta salvar a VARIG, podem V. S.ª e os que aqui estão ter absoluta convicção de que somos muito felizes. Mas eu acho que a Tribuna Popular pode surtir muito mais efeito se realizada na Praça Montevidéu. O Decreto n.º 9.810, no seu art. 4.º, diz que “a Tribuna Popular poderá ser utilizada quinzenalmente, às quintas-feiras, ou, excepcionalmente, em outro dia da semana, na Praça Montevidéu, no horário das 12h às 13h30min, e das 18h às 20h.” Poderão escolher. O art. 5.º diz que a “tribuna será instalada em local e condições julgados adequados aos oradores e à afluência do público”. Desde a implantação da Tribuna Popular, somente uma vez a Tribuna Popular foi usada na Praça Montevidéu. Eu espero que os servidores da VARIG façam uso dessa Tribuna e colham frutos excelentes. Saúde e paz! (Palmas.)

O Ver. Elói Guimarães, que representava a Casa em solenidade no Palácio Piratini, já se encontra no Plenário.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

2.ª SESSÃO

 

PROC. 1031/94 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 061/94, de autoria da Ver.ª Maria do Rosário, que dispõe sobre a criação de Comitês de Defesa da Criança e do Adolescente contra a Agressão e Maus Tratos (CODAMA), nas escolas da rede municipal de ensino de Porto Alegre (desarquivado pelo Ver. Zé Valdir).

 

PROC. 1937/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 084/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que assegura a estudantes o direito ao pagamento de meia-entrada em atividades culturais e dá outras providências.

 

PROC. 2722/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 133/03, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que institui o Dia da Dignidade do Trabalho em Saúde.

 

PROC. 2899/03 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 021/03, que institui Área Especial de Interesse Social AEIS II para regularização do loteamento clandestino situado na Estrada Octávio Frasca n.os 1.568 e 1.578 - Morada das Flores.

 

3.ª SESSÃO

 

PROC. 2405/03 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 008/03, de autoria do Ver. Luiz Braz, que acrescenta § 6.º ao art. 52, renumerando o atual § 6.° para § 7.º, da Lei Complementar n.º 434, de 1.º de dezembro de 1999, e alterações posteriores, que dispõe sobre o desenvolvimento urbano no Município de Porto Alegre, institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre e dá outras providências.

 

PROC. 2527/03 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 009/03, de autoria do Ver. Luiz Braz, que altera a redação do parágrafo único do art. 9.° da Lei Complementar n.º 7, de 7 de dezembro de 1973, e alterações posteriores, que institui e disciplina os tributos de competência do Município, e do “caput” do art. 2.° da Lei Complementar n.° 361, de 19 de dezembro de 1995, que altera a legislação tributária municipal e dá outras providências.

 

PROC. 2641/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 124/03, de autoria do Ver. Zé Valdir, que torna obrigatória a instalação de guarda-volumes nos estabelecimentos financeiros de Porto Alegre.

 

PROC. 2643/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 125/03, de autoria do Ver. Zé Valdir, que institui o Programa Municipal de Casas-Lar para idosos.

 

PROC. 2807/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 136/03, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor João Fernandes da Costa.

 

PROC. 2900/03 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.° 022/03, que revoga a declaração de utilidade pública da União Gaúcha dos Criadores de Rã, estatuída pela Lei n.° 5.928, de 08 de julho de 1987.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Maristela Maffei está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Ver. João Dib, Sr.ª Secretária, querida companheira Ver.ª Maria Celeste, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, neste momento tão importante, de discussão de Pauta, eu gostaria de me manifestar sobre o mérito de dois Projetos, que, num primeiro momento, podem ser considerados singelos, mas que, na verdade, guardam grande significado para a qualidade de vida das pessoas de Porto Alegre e também para a melhor organização da Cidade.

O primeiro Projeto, originalmente registrado pela então Vereadora, hoje Deputada Federal Maria do Rosário, uma militante histórica na causa da defesa dos direitos da criança e do adolescente, e desarquivado pelo Vereador nosso companheiro Zé Valdir, dispõe sobre a criação de comitês de defesa da criança e do adolescente contra agressões e maus-tratos nas escolas da rede municipal de ensino de Porto Alegre. Esse Projeto tem uma relevância e uma contemporaneidade muito grandes, porque ele vem exatamente num momento em que há uma verdadeira cruzada, uma verdadeira militância a favor da tolerância e, evidente, contra a violência e a barbárie, princípios esses que devem ser levados pela família e que devem ser complementados pelas instituições formais, pelas escolas.

A escola também deve trabalhar nesses comitês, com seu caráter pedagógico, promovendo encontros, esclarecimentos, cursos, enfim, de modo que o comitê se torne mais um elo de ligação entre a escola e a sociedade civil.

O segundo Projeto também é do Vereador nosso companheiro Zé Valdir. Trata-se do Projeto de Lei n.º 124/03, que “torna obrigatória a instalação de guarda-volumes nos estabelecimentos financeiros de Porto Alegre”. Esse Projeto já trouxe uma boa polêmica na Rádio Pampa, porque, por algum jornalista, foi considerado inócuo. Mas eu quero defender esse Projeto como sendo muito importante. Na verdade já acontece um serviço que é prestado pelo Banrisul e que evita constrangimentos, evita filas, evita atrasos, evita que as pessoas tenham que abrir a bolsa para retirar a chave, o celular.

Enfim, é um Projeto que faz com que a Cidade seja mais ágil e muito mais civilizada. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Ver.ª Maria Celeste, Secretária da Casa, no momento conduzindo os trabalhos, nós ainda estamos envolvidos na recepção aos funcionários da VARIG, que vieram a esta Casa para buscar apoio às suas reivindicações e que nela o encontraram, e já somos convocados para nos manifestar sobre os assuntos constantes da Pauta, alguns dos quais haviam despertado a nossa atenção prévia, razão pela qual nos havíamos inscrito para discutir acerca dos mesmos. Um deles nos traz uma especial motivação, que é o Projeto de Lei do Executivo n.º 021/03, “que institui Área Especial de Interesse Social de nível II para regularização do loteamento clandestino situado na Estrada Octávio Frasca, n.º 1.568 e 1.578, da Morada das Flores”. É evidente, Sr. Presidente, que qualquer iniciativa do Executivo nesse sentido, naturalmente, desperta a atenção dos integrantes da Casa, especialmente pelo uso desse instrumento legal inserido no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental e que, agora, penso eu, virá a ser facilitado pelo novo Projeto, aprovado pela Casa no curso desta semana, que institui a figura do Urbanizador Social. Não tive tempo de me aprofundar nos planos futuros do Município, eis que a mera instituição da Área Especial de Interesse Social não desce a esse grau de definição. Sabemos que ele ficará prioritário para receber ação governamental. Não sei se o Governo irá optar pela figura do Urbanizador Social, o que lhe é permitido a partir da aprovação da lei, ou se pretende, por intermédio de qualquer um dos organismos municipais – o Departamento Municipal de Habitação seria o órgão mais qualificado para essa finalidade - ou outro que viesse a ser escolhido pela estratégia da Administração do Município para realizar as efetivas tarefas de recuperação social da área. A declaração pura e simples da Área Especial de Interesse Social é uma exigência da Lei para que se possa, Ver. Zé Valdir, V. Ex.ª que está permanentemente ocupado com o assunto dessa área, realizar uma recuperação urbana com parâmetros especiais como aqueles que, doravante, serão concedidos a todas as áreas que vierem a ser catalogadas como passíveis de serem urbanizadas pelos critérios da Lei da Urbanização Social. Eu aproveito esta segunda Sessão para levantar esta bandeira, no sentido de que Projetos como esse nós temos de ter, sempre, como prioridade, impedindo que eles se percam no rol de matérias que ficam meses aguardando uma definição dentro de uma Ordem do Dia que está repleta de assuntos. A de hoje mesmo contém noventa assuntos para merecer a deliberação do Srs. Vereadores. Nem todos os Projetos são simples, e essa é uma realidade com a qual nós vamos ter de passar a conviver doravante. Penso até, Sr.ª Secretária, a quem incumbe as tarefas legais e regimentais de organizar a Ordem do Dia, que nós teremos que, muito em breve, partir para um esforço extraordinário, no sentido de retirar da Ordem do Dia - quer seja pela definição normal, que é a discussão e votação em Plenário, quer seja por outro instrumento qualquer -, essa quantidade de projetos que hoje ela impôs e que, certamente, não diria que depõe contra a Casa, mas representa um indicativo do estado de complicação geral em que nós estamos com relação a essa matéria.

V. Ex.ª me alerta que estou com o tempo por esgotar; não voltarei a tratar desse assunto. Ver. Zé Valdir; anuncio-lhe desde já que eu gostaria de estabelecer uma discussão sobre o Projeto que V. Ex.ª desarquivou e que foi um dia da Ver.ª Maria do Rosário, essa Vereadora que não é Vereadora há muito tempo, e que nos deixou aqui esse Projeto dos Comitês de Defesa da Criança e do Adolescente Contra Agressão e Maus-Tratos, o CODAMA, que seria, uma vez instituído, mais um dos tantos órgãos a serem instituídos em defesa da criança, que, me parece, em termos de órgãos de proteção, já está extremamente protegida. O que é preciso é realmente serem protegidas na prática, pelo bom funcionamento dos órgão já existentes. Era isso.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. RAUL CARRION: Ex.mª Ver.ª Maria Celeste, que preside os trabalhos, demais Vereadoras e Vereadores, todos os que nos acompanham na tarde de hoje, seja aqui neste plenário, seja através da TV Câmara, queria referir-me a alguns Projetos, começando por um, de minha autoria, que retoma um velho direito dos jovens deste País. É o PLL n.º 084/03, que assegura a estudantes o direito a pagamento de meia-entrada em atividades culturais e dá outras providências. Este Projeto, na verdade, trás de volta algo que os que já passaram dos trinta anos, Ver. Pedro Américo Leal, tiveram na sua juventude. Foi o direito à meia-entrada no cinema, foi o direito à meia-entrada no teatro, nas atividades musicais. Era uma conquista dos estudantes, Ver.ª Margarete Moraes - que deve possivelmente lembrar desse período -, uma conquista da juventude brasileira desde a década de 30, com a União Nacional de Estudantes. Somente com o Regime Militar, quando foi fechada a UNE, quando foi fechada a UBES, não persistiu. O Ver. Elói Guimarães deve ter muitas vezes entrado no cinema, quando foi jovem como eu, com a meia-entrada. Sempre foi um direito. É uma maneira de acesso da juventude, do estudante, à cultura, à arte, processo que foi truncado com os governos, digamos, autoritários. Mais adiante, Ver. Zé Valdir, com uma Medida Provisória dos governos neoliberais, a Medida Provisória n.º 2.208/2001, desregulamentou a meia-entrada. E não se diga que isso vai causar prejuízo às casas de espetáculo; ao contrário, porque, ao criar o hábito no jovem de ir ao cinema, de ir ao teatro, estarão os promotores desses espetáculos criando um público educado para a arte cinematográfica e para a arte teatral. Portanto, aqui é o tipo da conta em que todos ganham, porque ganham os jovens com o acesso facilitado à arte, que faz parte da sua formação; ganham os promotores dos espetáculos, porque o que possam vir a perder na eventual venda da meia entrada será ganho no número muito maior de pessoas para assistir ao espetáculo; e, futuramente, ao criar uma geração que está, digamos, com o hábito do cinema, do teatro, da participação nos espetáculos. Então, isso seria para os estudantes regularmente matriculados no ensino de 1.º, 2.º e 3.º Graus de Porto Alegre, em espetáculos teatrais, cinematográficos, musicais, circenses e similares. E seria através da carteira da União Nacional dos Estudantes, da União Brasileira de Estudantes, com a distribuição via UGES, UMESPA, DCEs, UEE, e assim por diante. Gostaria que esta Casa examinasse. Chamo a atenção de que no Congresso Nacional existe uma frente pela volta do direito à meia-entrada; aliás, Ver. Zé Valdir, a Deputada Iara Bernardes, do PT de São Paulo, tem sido uma grande companheira nessa peleia. Voltaremos outro dia com mais detalhes.

Eu ainda queria aproveitar para dizer do nosso apoio a dois Projetos do Ver. Zé Valdir. Um deles torna obrigatória a instalação de guarda-volumes nos estabelecimentos financeiros de Porto Alegre, e muito bem colocado, já no interior do banco, entre a porta de entrada e a porta de segurança, até para que pessoas que vão retirar determinados valores, como não podem adentrar o banco devido às precauções que precisam ser tomadas, possam, nesses locais, ter os seus equipamentos.

O outro Projeto, também do Ver. Zé Valdir, que nos parece meritório, é o que cria o Programa Municipal de Casas-Lar para idosos. Temos algumas dúvidas aqui, Ver. Zé Valdir, sobre a questão da iniciativa, até onde adentra na questão de atribuição do Executivo. Mas, em princípio, somos favoráveis.

Por último, nosso apoio ao Projeto do Executivo que busca regulamentar o loteamento irregular da Estrada Octávio Frasca, n.º 1.568 e n.º 1.578, através da criação de uma Área Especial de Interesse Social, que mecaniza a nossa Lei Orgânica e do Plano Diretor. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib; Srs. Vereadores e Sr.ªs Vereadores, como também o público que nos assiste em suas residência pela TV Câmara, a semana inicia-se, e, no curso da semana de trabalhos legislativos, discutem-se aqui temas de Projetos de Leis, emendas, assuntos de muita importância para a sociedade; nos últimos dias, muito especialmente a Lei de Diretrizes Orçamentária – LDO -, que nos deu a oportunidade de discutir, juntamente com os demais Vereadores, o que se julga importante para a sociedade.

Mas quero me reportar à Pauta regulamentar - já discutimos a Pauta Especial -, quero parabenizar o Ver. Zé Valdir, como falou o Ver. Reginaldo Pujol, em relação a um Projeto, de autoria da ex-Vereadora e agora Deputada Federal Maria do Rosário, do qual foi solicitado o desarquivamento pelo Ver. Zé Valdir, que trata da criação de um Comitê de Defesa à Criança e ao Adolescente contra a Agressão e os Maus-Tratos, nas escolas da rede municipal de ensino em Porto Alegre. Acredito que este é um bom Projeto e que merece o nosso apoio.

Aproveito para fazer um apelo à Bancada governista, a Bancada petista, que representa aqui os trabalhos do Executivo: que dê apoio ao que já existe e ao que se está propondo, no caso desse Projeto de Lei. Eu entendo que tudo o que agride uma criança deve ser de extrema sensibilidade para nós Vereadores, como representantes da sociedade, pois nós um dia já fomos crianças, e o que ocorre na infância irá marcar para toda a vida. Como já disse, é um bom Projeto e merece o nosso apoio. Aproveito, dentro deste contexto, para pedir, encarecidamente, à Bancada governista que fique atenta a outra coisa que também agride as crianças. É uma boa iniciativa, Vereador, e eu não sei se é de seu conhecimento que a Casa de Passagem, a casa-modelo da Prefeitura, ali na INTERCAP, que atende crianças que sofrem maus-tratos, de zero a seis anos, e que tem, inclusive, berçário; a casa-modelo que, quando vêm os estrangeiros e pessoas de outros estados para conhecerem a Cidade Viva, eles vão nesse lugar para mostrar o que há de melhor, está fechando, e eu tenho certeza de que os senhores não sabem disso. Eu acho que esse Projeto é bom, com relação à defesa das crianças. Há outras coisas que incentivam os maus-tratos, perder uma casa dessas, que é um modelo, é um fato que requer a união de todos nós, Vereadores, independente de sermos da situação ou não. Por exemplo, se a Prefeitura não ajudar o Projeto Kinder, não der aquilo que é de direito... O dinheiro que é doado não é da Prefeitura, e sim das empresas. A Prefeitura está retendo o dinheiro do Projeto Kinder – kinder, em alemão, quer dizer “crianças” –, que trabalha com crianças portadoras de deficiências severas, crianças com sete, oito, nove e dez anos, que não têm coordenação motora, que não conseguem brincar, chutar uma bola, brincar com uma boneca, crianças que têm múltiplas deficiências severas. Se a Prefeitura não ajudar, não fizer aquilo que é de sua competência, fecha. Isso também são maus-tratos.

Aproveito, Sr. Presidente, a oportunidade para pedir o período de Liderança.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Tenho trabalhado muito sobre a questão das drogas. Ontem, saiu uma reportagem fantástica sobre álcool, sobre drogas. Seria interessante repassar a imagem para a televisão. Assim entenderíamos o que este Vereador tem falado nesses anos todos e mais especificamente no seu mandato, que está muito ligado à questão das drogas. Eu acho que estou no caminho certo. Vou ler algumas coisas, aqui, da Zero Hora, e os senhores vão ficar estarrecidos, o que prova que a nossa luta é importante e necessária. Quando, por exemplo, na LDO, Lei das Diretrizes Orçamentárias, colocamos aqui uma situação: que Porto Alegre não tem uma casa, não tem uma fazenda terapêutica, não tem um centro de recuperação para dependentes químicos... Eu estava comentando ontem com o Bibo Nunes, na televisão, e o Bibo ficou estarrecido: “Como? A Cidade Viva não tem um centro de recuperação?” “Não, não tem” - respondi. É bom que a sociedade saiba que não tem. Foi trazida a esta Casa a LDO para discussão, e me parece que já entrou uma Emenda do Ver. Nereu D’Avila, com base na discussão que este Vereador trouxe a esta Casa, porque, até agora, ainda não existe centro de recuperação. Pode ser que, no ano que vem, passe a existir. Isso é algo importante.

Os senhores podem ver, por exemplo, o caso do álcool. Este Vereador tem falado e trazido alguns Projetos, entre eles um que se refere à proibição de venda de bebidas alcoólicas em postos de gasolina, que acho que merece mérito por várias razões. Álcool não combina com direção. A pesquisa diz aqui que 90% dos adolescentes gaúchos já experimentaram álcool. O álcool está presente em 47,7% dos casos de violência. Assim, se você é a favor do consumo de álcool, você está sendo a favor de 47,7% da violência, em todos os aspectos, e de 81,2% dos acidentes de trânsito. Então, quem é a favor da venda de bebidas alcoólicas é a favor dessas estatísticas. Quem quer beber, que beba, mas não mate o outro! E não pode usar um posto de gasolina para vender cachaça, bebida destilada, que pode causar um impacto muito forte na vida de um adolescente, que não tem “cabeça” para dirigir, muitas vezes, e que, bêbado, vai matar, vai matar-se e vai trazer tragédia para a sociedade.

Este Vereador trouxe, também, esse Projeto, um Projeto na área da dependência química, o qual entendo ser a minha contribuição como Vereador para este Município. Aqui diz que 58,9% dos homicídios têm a ver com álcool! Então, quem não apóia projetos antidrogas? Quem não apóia um programa de recuperação? Uma Cidade Viva que não tem um único centro de recuperação e não tem nem parceria?! Muitas vezes, a parceria é “para inglês ver”, como no caso das creches comunitárias. São cento e vinte e sete creches comunitárias com parceria, e estrangulamento por falta de oxigênio financeiro para as creches, só para dizerem: “Temos convênio com cento e vinte sete creches”. Mas isso aí é “papo furado”, é convênio “para inglês ver”, não resolve; muitas vezes, é um paliativo! Porque, de cada dez crianças, sete não são contempladas; três são, de uma forma insuficiente, um trabalho que não é completo. Então, este Vereador tem trabalhado nesse aspecto, porque crianças que não vão à creche, crianças de creches comunitárias, que não são atendidas, vão engrossar as fileiras das drogas, vão engrossar as fileiras da violência, da prostituição, e quem vai “pagar o pato”? A sociedade.

Acredito que nós, Vereadores... Até estou um pouco triste, para falar bem a verdade, porque muitas questões que discutimos na primeira parte deste ano, aqui no Parlamento, não foram votadas. Eu percebo que muitas questões que foram votadas não têm muito a ver, na realidade, com o que a sociedade precisa. Nós gastamos muito tempo dando títulos, dando nome às ruas, aos logradouros e às praças. Tudo bem, isso é importante, mas não é tão importante; há questões mais necessárias, mais importantes do que dar nome às ruas e praças, que é importante. O título também é importante, é um estímulo, é um incentivo às classes, aos segmentos. Mas há outras coisas!

Deixo o meu parecer com relação ao assunto, e, se esta Casa tiver que usar o tempo necessário e ir até a meia-noite para votar os Projetos, se tiver que virar vinte quatro horas por dia, vamos fazer como São Paulo, que trabalha a noite toda.

Eu disse para o Ver. Reginaldo Pujol que, se for necessário, eu fico até a meia-noite, até as quatro horas, até as seis horas, mas vamos destrancar os trabalhos, e o que não deu para fazer durante três ou quatro meses, vamos fazer, quem sabe, nesses três ou quatro dias que temos pela frente. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Como fui citado, quero dizer que da minha parte também eu ficarei hoje aqui até o horário que for necessário, mas não basta que somente eu fique, eu tenho que ficar e também mais dezessete Vereadores.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Aliás, não é novidade de parte de V. Ex.ª, apenas é uma redundância.

O Ver. Zé Valdir está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ZÉ VALDIR: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, sobre o tema que abordou o Vereador que me antecedeu, nós vamos discutir oportunamente, porque eu tenho um Projeto nessa área, como já foi referido aqui, que trata sobre a questão da criança e do adolescente.

Eu também tenho hoje na Pauta um Projeto que obriga os bancos a colocarem guarda-volumes no espaço anterior à porta giratória. Esse Projeto já causou uma polêmica na imprensa, no Programa do Rogério Mendelski, na Rádio Pampa, suscitado pelo Jornalista Diego Casagrande, que reproduziu uma crítica que também colocou na sua coluna no jornal Diário do Sul, que, tirando fora os exageros da crítica irresponsável, a crítica aproveitável que esse jornalista colocou, o Projeto seria inócuo, inútil e ironizou dizendo que eu estava querendo obrigar os bancos a dar cafezinho, colocar playground para as crianças e fez vários raciocínios hipotéticos para ironizar o Projeto. Eu consegui um direito de resposta, informalmente, e quero aqui reconhecer a postura correta, nesse caso, do Jornalista Rogério Mendelski, que sou insuspeito para fazer esse reconhecimento, porque sempre tive divergências profundas, e tenho, com esse jornalista, mas que me concedeu gentilmente o espaço, e eu tive todo tempo para fazer o contraponto no seu programa com o Jornalista Diego Casagrande. E o que eu fiz no programa foi simplesmente explicar o teor do Projeto e a origem dessa idéia. O Projeto é muito simples. Como eu disse no início desse pronunciamento, ele obriga os bancos a colocar uma espécie de armário, que no Projeto está colocado com 30 cm, para que as pessoas possam colocar ali a sua bolsa antes de passar na porta giratória e, com isso, adentrar livremente por ela. Por que isso? Porque eu, sistematicamente, tenho recebido, em meu gabinete, reclamações constantes, e cada vez maiores, de pessoas que denunciam que, ao passarem na roleta, são constrangidas por terem de esvaziar as bolsas e, muitas vezes, ficam prensadas nessas portas giratórias, têm de voltar e passar por todo um vexame, sem que se tomem providências. Perguntaram a mim o que poderia ser feito. Eu, por um longo tempo, achei que não poderia ser feito nada, porém, descobri uma idéia muito simples, que já está funcionando em algumas agências do Banrisul, por exemplo, na Agência São João, que é exatamente esse dispositivo que estou colocando no meu Projeto, inclusive as medidas dos armários. Fomos lá pessoalmente e nos inspiramos em uma experiência real que está acontecendo. Quando eu expliquei isso na rádio Pampa, uma série de opiniões começaram a mudar, até a do Rogério Mendelski, que começou a ponderar que o Projeto tinha chance de ser considerado bom. Evidentemente que o Diego Casagrande continua com a posição dele, e, no final do programa, uma série de telefonemas, uns contra, outros a favor, colocaram a importância do Projeto e deixaram claro que este é um Projeto sério e o que não é séria é a crítica irresponsável que esse jornalista tem feito ao Projeto. Tanto isso é verdade, que ligaram do banco HSBC dizendo que lá todas as agências já têm este projeto, esta idéia na prática, e que isso inclusive tem favorecido o aumento da clientela, porque as pessoas sentem o diferencial do conforto. Então, de Projeto ridículo, se transformou em um Projeto factível, viável, e altamente importante, inclusive o próprio Rogério achou que este tema pode voltar e deve voltar ao debate. Estou colocando isso, nesta Casa, porque eu quero o apoio da Casa com um Projeto que trata apenas de generalizar uma experiência que já está funcionando em agências do Banrisul e no próprio banco HSBC, que não vai falir nenhum banqueiro, pelo contrário, fará com que os banqueiros socializem um pouco dos lucros fabulosos que eles auferem - que são lucros que são concedidos pelos usuários -, dando um pouco de conforto aos usuários. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Renato Guimarães solicita Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje.

 

(Obs.: Foi apregoado o Requerimento de Licença do Ver. Renato Guimarães e dada posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)

 

O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, ontem, uma decisão importante do Supremo Tribunal Federal, novamente assegura o direito do funcionamento pleno do comércio aos domingos. Ver. João Antonio Dib, nós, desde 1986, enfrentamos as hordas “dinossáuricas” que têm assento nesta Casa, que quiseram implantar e impor até o fechamento do comércio aos sábados à tarde, hoje o dia mais movimentado do comércio, quando as pessoas vão às ruas.

Hoje, Porto Alegre se insere dentro das grandes capitais do País que têm o seu comércio aberto. Ao que sabemos, só a Capital do Estado do Tocantins, Palmas, ainda tem o seu comércio fechado aos domingos.

E o Ver. Zé Valdir, em tempos passados, não tão passados assim, tentou fechar o comércio aos sábados à tarde, dizendo que os shopping centers, esses importantes equipamentos urbanos das cidades modernas, seriam os templos do consumismo apenas. Mas, de vez em quando, o Ver. Zé Valdir vai ao shopping, gosta, assim como o Ver. Raul Carrion, que insiste em uma medida totalmente inconstitucional de querer, através do seu Partido, uma alteração da Constituição do Estado, dizendo que o tratamento da matéria da abertura do comércio é da competência dos Municípios. E é! Não precisa o Vereador fazer esse movimento político dessa inconstitucional alteração da Constituição do Estado.

Recordo-me de um dia, ainda nos idos de 1980, quando eu e V. Ex.ª, Vereador Dib, ingressamos com pedido de renovação de votação de um Projeto que tinha passado para fechar o comércio sábados à tarde nesta Cidade.

Não sei se o Ver. Zé Valdir ainda quer fechar o comércio sábados à tarde, ou tem a simpatia também do Ver. Raul Carrion para fechar o comércio sábados à tarde, mas não vou fazer esta injustiça com o Ver. Raul Carrion. E o Ver. Juarez Pinheiro onde está? E o Ver. Estilac Xavier com o seu Projeto de abertura parcial do comércio aos domingos? Por que não priorizam este Projeto para votarmos, Ver. Zé Valdir? Vamos votar, Vereador, até para manifestar a voz e o sentimento desta Casa, pela abertura do comércio aos domingos.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Juarez Pinheiro.)

 

Ver. Juarez Pinheiro, eu não posso lhe dar aparte, porque estou em tempo de Comunicação de Líder. Gostaria de lhe dar aparte para que nós promovêssemos um debate sobre esta matéria, na tribuna, aqui neste espaço democrático, que é o Legislativo da cidade de Porto Alegre.

Mas aqui, o Pleno do Tribunal de Justiça confirmou a decisão do Desembargador Clarindo Favretto. Não tem mais conversa, é uma decisão soberana do Judiciário. De outra parte, lá...

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Juarez Pinheiro.)

 

Não, mas o Supremo, ontem, também confirmou a abertura dos supermercados aos domingos, Vereador.

Vereador, graças a Deus, ainda que V. Ex.ªs não queiram fechar as portas dos Tribunais Brasileiros, mas que estão atacando os Tribunais, estão fustigando os Magistrados desta Nação, estão tentando cassar a sua voz, que é feita no silêncio das suas sentenças, estão. Estão tentando inviabilizar a Magistratura Brasileira, tentando calar a sua voz, eliminando e acabando com as prerrogativas constitucionais. Até o Ver. Raul Carrion, que era defensor das prerrogativas do funcionalismo público, hoje está aliançado na base petista do Governo Federal para acabar com os direitos. Justiça seja feita com o Ver. Juarez Pinheiro, que não se alinhou e está em oposição às posições do Governo Federal de inviabilizar as prerrogativas constitucionais consolidadas nas questões da Previdência Brasileira. Nós temos de atacar, realmente, quem são os inimigos deste País, que são as grandes estruturas nacionais e internacionais, que nós sabemos muito bem quem são e que querem é calcar a classe média brasileira.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib, colegas Vereadores e colegas Vereadoras, primeiro, queremos informar a esta Casa que, juntamente com o Ver. Dr. Goulart, Ver. Beto Moesch e Ver. Almerindo Filho, estivemos hoje em uma Audiência Pública demorada sobre a questão dos resíduos residenciais e hospitalares.

Eu diria que foi uma reunião que vai ter desdobramentos pela sua profundidade. Acho que a nossa Comissão - não é Ver. Beto Moesch? -, no momento oportuno, vai poder explicitar a esta Casa o conjunto dessas informações.

Eu quero usar este tempo para colocar uma preocupação que tenho, Ver. Pedro Américo Leal, com os pronunciamentos do Sr. Presidente da República.

O Estado Democrático de Direito foi uma dura conquista da sociedade brasileira. Passamos momentos difíceis, Ver. Elói Guimarães, para chegar a ter um Poder Constituinte, a ter uma Constituição que, se não é a melhor, foi o resultante de um conjunto de debates, em um determinado momento.

Quando o Presidente da República utiliza-se de metáforas – ontem, ele disse: “Só Deus poderá barrar as reformas que estão em curso!” -, está cometendo um grave erro que é tentar passar por cima de outros Poderes: Judiciário e Legislativo.

Nós achamos isso uma gravidade, principalmente de alguém que vem do campo popular, como o Presidente Lula, alguém que tem uma história sofrida neste País, que depois de tantas tentativas chegou à Presidência da República e nele foi depositada uma grande expectativa.

Mas nenhum Presidente da República, nem o Presidente da ONU, nem o Presidente dos Estado Unidos pode reinar acima da lei. A lei é para harmonizar as posições da vida democrática.

Então, nós, ficamos extremamente preocupados com esses pronunciamentos, às vezes, indevidos, daquele que representa a Nação como um todo.

Um Presidente da República, quando fala com muita emoção - o Presidente Lula a tem utilizado em vários momentos, seja no palanque do ABC ou em qualquer outra localidade e tem colocado coisas indevidas para um Presidente da República.  Nós achamos que isso é preocupante, Ver. Pedro Américo Leal. Por quê? Porque o Estado Democrático de Direito é o que deve reinar, seja em qual governo for - o que passou, o que está e o que virá.

Em algumas questões das Reformas que aí estão, cá para nós, o Presidente tenta justificar o injustificável. Porque, no caso da Previdência, eu não posso, Ver. Pedro Américo Leal, pegar alguém que começou como office-boy no serviço público, ganhando 200 reais, chegou um pouco mais acima e passou a receber 400 reais, depois chegou no topo da sua carreira como auxiliar, como escriturário, passando a ganhar 800 reais, ele trabalhou todos esses anos para atingir o patamar de 800 reais, mas, pela proposta do Governo, ele vai-se aposentar pela média dos 200 reais com o topo dos 800 reais, portanto, ele vai-se aposentar com 400 reais. Eu vejo muito a discussão de quem ganha 10 mil reais, 12 mil reais ou 17 mil reais, mas a grande massa do funcionalismo público brasileiro ganha uma faixa salarial muito pequena e também será atingida por essa Reforma, como ela está sendo colocada. Porque esse funcionário vai ser aposentado pela média e não vai ser aposentado por aquilo que conquistou ao longo da sua caminhada, do seu trabalho. Por isso, quando o Presidente coloca dessa forma, de que “só Deus poderá barrar”, ele está subestimando a vontade popular e o Congresso Nacional, que é o esteio da vida democrática e que é plural, é o estuário natural do debate político. Essa Reforma precisa sofrer alterações e o Congresso tem legitimidade para isso, as pressões são legítimas, de todos os cantos e de todas as categorias.

Sr. Presidente, acho que V. Ex.ª não marcou o meu tempo, eu não quero aqui abusar da Presidência da Casa. V. Ex.ª use o bom senso para poder...

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): V. Ex.ª tem razão, o tempo não foi marcado, mas confiamos...

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Eu já vou concluir. Ver. Pedro Américo Leal, que me dá a alegria da sua audiência neste debate, nós temos procurado aqui manifestar com muita tranqüilidade... O que eu vejo nesta Casa, a média do sentimento... Eu acho que devem ser feitas reformas, sim, mas reformas que venham na defesa do grande conjunto da sociedade. Não podemos defender reformas que apenas sejam penduricalhos, ou para tirar penduricalhos, e que não enfrentem as questões de fundo. Por exemplo, Vereador, hoje há 40 milhões de brasileiros na ativa, trabalhando, que não têm Previdência, e isso eu não tenho visto absolutamente ninguém debater.

Queremos agradecer, Sr. Presidente, e dizer que nós estamos aqui para sustentar aquilo que sempre sustentamos: o Estado Democrático de Direito. Achamos que o Presidente tem toda a legitimidade para ter suas posições, para posicionar-se, mas não tem o direito de desrespeitar os Poderes constituídos, o Judiciário é um Poder, o Legislativo é um Poder, e eles têm a sua legitimidade, a sua competência também para propor, para modificar, e essas Reformas, evidentemente, têm a proposta da Presidência da República, mas ainda tem “muita água para passar por baixo da ponte” até chegarem ao seu final. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Obrigado, Ver. Sebastião Melo, pela correção com que utilizou o tempo que lhe seria destinado.

O Ver. Beto Moesch está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras, Srs. Vereadores, esta Casa está acompanhando um processo extremamente delicado que tanto a cidade de Porto Alegre como quase todos os Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre passam, que é o aterro sanitário Santa Tecla. A humanidade trabalha com o impasse permanente de como destinar de forma adequada os seus resíduos sólidos, Ver. Luiz Braz; este é o grande desafio do século XXI: a água e o destino dos resíduos que a própria sociedade gera. Não esqueçamos disto: quem gera os resíduos somos nós, sociedade, portanto, vamos ser responsáveis e sérios e entender que isso não é uma questão apenas do Poder Público, a sociedade tem que fazer parte desse processo e pautar essa questão diuturnamente no seu dia-a-dia e, claro, fazer as críticas, mas também apresentar as soluções. Nós não fugimos à regra, Ver. Dr. Goulart, que tem acompanhado insistentemente esse assunto junto à Comissão de Saúde e Meio Ambiente.

Nós tivemos, durante muito tempo, lixões na cidade de Porto Alegre. Isso foi superado, porque a legislação não permite mais, e o Ministério Público exigiu a transformação de um lixão na Zona Norte em aterro sanitário, em 1990, e esse passou a ser aterro sanitário durante muito tempo. Deu-se um limite a ele, porque todo aterro que não é um lixão é uma área devidamente tratada para receber resíduos e tem um limite. Depois desse limite, o aterro da Extrema, uma área de mata Atlântica, com remanescentes de animais ameaçados de extinção, como o bugio, um patrimônio inestimável aqui na cidade de Porto Alegre, desconhecida pela maior parte dos porto-alegrenses, foi transformada em aterro sanitário. Era para receber, na época, 50 toneladas/dia, Ver. Pedro Américo Leal, e passou a receber 900 toneladas/dia, e aí comprometeu, além da questão paisagística da flora e da fauna, os próprios recursos hídricos ali existentes. E a sociedade continua não sabendo que ela gera isso, que ela é co-responsável por isso, que ela não pode continuar colocando lixo no chão, que ela tem de separar o lixo e exigir das prefeituras, inclusive de Porto Alegre, que aumente a reciclagem, que não apresente apenas o reaproveitamento do lixo reciclável, mas também o do orgânico, o do tóxico.

Estamos legislando isso no Código Municipal de Limpeza Urbana. E aproveito para que todos os Vereadores e Vereadoras priorizem a tramitação e votação do Código Municipal de Limpeza Urbana, que está sendo alterado. Tratamos esse assunto, mais uma vez, em novembro do ano passado, quando então, aqui na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, constatamos problemas no lixo hospitalar, que estava sendo destinado de forma irregular, precária, devidamente autorizado pelo órgão ambiental do Estado, mas não como a legislação previa. Portanto, uma licença precária. Nós identificamos isso em novembro do ano passado, aqui na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, e a imprensa acabou relatando isso agora, quarta-feira passada, ou seja o que nós já havíamos alertado em novembro do ano passado, aqui, na Câmara de Vereadores, que mais uma vez se mostrou atenta e se antecipando aos fatos da cidade de Porto Alegre. E o aterro sanitário Santa Tecla está aí, foi previsto para receber 500 toneladas/dia, e está recebendo 900 mil toneladas/dia. Quer dizer, é claro que há problema de gestão, porque se prevê um volume e se recebe outro volume. O próprio DMLU reconheceu que durante um dia inteiro vazou chorume, que é um líquido fétido, maléfico à saúde pública, oriundo da decomposição do lixo. Um dia inteiro vazou chorume ali no aterro sanitário Santa Tecla, reconhecido pelo próprio DMLU, comprovando e reconhecendo que não está conseguindo gerir suficientemente e de forma adequada o aterro Santa Tecla.

E, para concluir, Sr. Presidente, o lixo hospitalar não pode mais ser recebido no aterro Santa Tecla; foi dado o prazo de quarenta e cinco dias e o impasse continua. Mas estamos acompanhando, Sr. Presidente, como devemos, esse gravíssimo problema de Porto Alegre e da Região Metropolitana. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Valdir Caetano está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. VALDIR CAETANO: Sr. Presidente, Ver. João Dib, Srs. Vereadores e Sr.ªs Vereadoras, público que nos assiste pela TV Câmara e aqueles que nos prestigiam aqui nesta galeria, nós enfrentamos diversas maneiras de discriminação racial em nosso País, como em todo o mundo, mas me chama atenção uma maneira, Sr. Presidente, tão camuflada que tem acontecido ultimamente. O Jornal do Comércio, que há poucos instantes foi homenageado aqui nesta Casa pelos seus 70 anos, no dia de ontem trouxe uma matéria dizendo o seguinte: “Prefeitura cria projeto de quotas para negros”. Diz o seguinte a matéria: (Lê.) “O Projeto de Lei que prevê a reserva de 10%” - repito, 10% -, “de vagas em concursos públicos da Prefeitura de Porto Alegre para os negros foi encaminhado à Câmara de Vereadores, e a assinatura da matéria realizada ontem pelo Prefeito João Verle e acompanhada pela Secretária Especial de Promoção de Igualdade Racial.”

A minha posição, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quanto a esta questão, não é de hoje. Jamais eu posso votar favorável um Projeto como este, porque, no meu entender, a partir do momento em que se designa num Projeto de Lei 10% das vagas a pessoas de cor negra, se está dizendo, direta e indiretamente, que elas valem 90% a menos do que as pessoas de cor branca. E estamos dizendo também, indiretamente, que elas são incapazes de concorrer a um concurso público pela sua capacidade e de conseguirem, assim, a sua vaga de emprego.

É lamentável que situações como essa aconteçam em nossa Cidade, no nosso Estado e no nosso País. Eu repudio esse tipo de coisa e vou continuar repudiando, e sempre que tiver questões de cotas, aqui nesta Câmara, este Vereador vai votar contra. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nós temos a satisfação de comunicar a presença de noventa e seis alunos, noventa e seis jovens da 3.ª série do Instituto de Educação São Francisco de Porto Alegre, que estão acompanhados das Professoras Rosita Schulz, Mara Couto, Fernanda Ribeiro e Lúcia Manganelli. (Palmas.) Esta atividade faz parte do Projeto de Educação Política que o Memorial da Casa do Povo de Porto Alegre desenvolve junto a escolas e entidades de Porto Alegre e da Região Metropolitana.

Eu gostaria de dizer a vocês, jovens que aqui estão, que é muito importante estar na escola e que cada um de vocês tem de tentar ser o melhor aluno da aula; é claro que só um vai ser, mas se todos tiverem a consciência que tentaram ser o melhor, vocês serão os melhores de todos. Saúde e paz para vocês!

O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sr.ªs Vereadoras, senhoras e senhores, crianças que estão aqui presentes nos visitando, é uma satisfação sempre recebê-las.

Eu sempre tive um imenso respeito pelo Judiciário e acredito que toda a nossa sociedade deve, realmente, de alguma forma, manter um Judiciário forte, equilibrado, a fim de que nós possamos, também, como sociedade, ter a garantia de que as relações entre os diversos setores da estrutura social possam ser analisadas com sobriedade, assim como acreditamos que vêm sendo analisadas através do Judiciário.

Mas eu não posso me calar, eu não posso concordar com as afirmações que eu ouvi - ninguém me contou, eu ouvi! E ainda hoje pela manhã ouvia num debate uma reafirmação desse pensamento do Judiciário, que eu acredito que apenas o coloca numa situação muito difícil perante o conjunto de toda a sociedade. E não é assim que nós devemos, realmente, enxergar o Judiciário; eu quero enxergar o Judiciário como um Poder orgulhoso, altaneiro, representante de tudo aquilo que há de melhor nas relações que nós temos aqui no Rio Grande do Sul e no País.

Mas eu ouvi o seguinte, Ver. Pedro Américo Leal: que o Judiciário, os juízes devem receber um tratamento diferenciado com relação ao problema previdenciário. E eu até acho que pode, mas não pelo motivo que foi alegado. O Judiciário deve receber um tratamento privilegiado, porque, se assim não for, os juízes estarão correndo perigo quando estiverem analisando questões ligadas a grupos financeiros que poderiam, de alguma forma - pelo menos ficou nas entrelinhas -, influenciar a decisão do magistrado. Que absurdo, meu Deus do céu, nós pensarmos, Ver. Pedro Américo Leal, que um juiz vai ter a sua decisão dada de uma forma ou de outra em virtude de ser tratado de forma diferente na sociedade ou não. Eu acho que todos nós, que formamos a sociedade brasileira, devemo-nos rebelar contra esse argumento. Eu acho, Ver. Pedro Américo Leal, que o Judiciário pode até fazer uma discussão mais qualificada, mais aprofundada a respeito do que deve representar o Poder Judiciário para todos nós, mas esse argumento nós não podemos engolir e não podemos aceitar, porque, senão, o juiz vai perder a qualidade de julgar. Ora, se ele tem de receber benefícios para poder julgar bem e para poder não se corromper, imaginem V. Ex.ªs como é que ele vai julgar um homem que sai das vilas populares, que não tem nenhuma chance na sociedade e que comete um delito. Por maior que seja o seu delito, ele tem de ser inocentado, porque, afinal de contas, ele não teve outra saída. Acho ridículo e acho que não está à altura do Judiciário Brasileiro esse argumento que foi utilizado para justificar um tratamento diferenciado para os juízes nessa questão previdenciária. Eu sou partidário das reformas e acredito que tanto a Reforma Tributária como a Previdenciária precisam ser realizadas. Se com tratamento diferenciado para juízes ou não, eu acho que é uma questão que o Congresso deve debater, mas sobre a qual nós também temos de opinar. Só que não pode passar em julgado essa afirmação dos juízes de que devem receber esse tratamento diferenciado porque, senão, vão correr perigo na hora de julgar causas privilegiadas da sociedade.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. RAUL CARRION: Ex.mo Ver. João Antonio Dib, Presidente desta Casa, demais Vereadoras, Vereadores, todos que nos assistem aqui, nós hoje teríamos muitos temas para tratar, porque algumas polêmicas foram trazidas a esta tribuna. Não teremos condições de abordar todas, mas, no mínimo, vamos manifestar algumas opiniões.

Em primeiro lugar, queríamos dizer que, ao contrário do Ver. Valdir Caetano, nós entendemos que a assinatura desse Projeto pelo Município, criando as cotas para os negros nos concursos públicos, é um avanço importante e é um resgate da cidadania do povo negro.

É preciso dizer que hoje, Ver. Valdir Caetano, a desigualdade abismal que existe entre os negros e os brancos deste País não é fruto da incapacidade dos negros, não é fruto do fato de que eles sejam considerados menos aptos, é fruto do fato de, durante 400 anos, eles terem sido escravizados; é fruto de que, em 1850, quando foi feita a Lei das Terras, eles foram excluídos da propriedade; é fruto de que, em 1888, através da chamada Abolição, eles foram excluídos do trabalho, porque a elite branca entendeu que os negros que tinham sustentado o Brasil por 400 anos não eram aptos para o trabalho livre, e foram buscar empregados na Europa; e é fruto, também, do fato de que, durante o Império, era proibido aos negros o estudo; portanto, e mais ainda, em pleno século XX, nós tínhamos os marinheiros, que eram 90% negros, ainda chicoteados. Precisou um almirante negro se rebelar. Portanto, se a desigualdade que hoje existe, abismal, é fruto de políticas públicas, é preciso, agora, também, políticas públicas afirmativas, políticas públicas que permitam que os negros, hoje mantidos na marginalidade por esse sistema opressor, conquistem o seu espaço. Mas essa discussão vai ser muito maior, e nós teremos oportunidade de fazê-la.

Em segundo lugar, nós queríamos dizer ao Ver. Isaac Ainhorn que ele não pode nem alegar desconhecimento da posição do PC do B, porque pessoalmente nós entregamos esse documento a ele sobre a proposta do PC do B para a Previdência Pública e Privada, proposta apresentada em 15 de abril, em que usei da palavra aqui da tribuna e a entreguei. E mais, há pouco entreguei a proposta, a Resolução de 15 de junho. Posso debitar isso não à desinformação, mas ao interesse de V. Ex.ª em desconsiderar a verdade e de apresentar aqui ataques descabidos.

Em terceiro lugar, eu queria dizer aos comerciários que está por ser votada na Assembléia Legislativa, com muito orgulho, uma Emenda Constitucional da Deputada Jussara Cony, aprovada em primeiro turno com quarenta e cinco votos a zero, resgatando para a Câmara Municipal de Porto Alegre o poder de decisão sobre a abertura ou não do comércio aos domingos. E queria dizer que V. Ex.ª está ligado ao atraso, e que vinte e oito Vereadores desta Casa já assinaram a Moção que apóia a PEC-125, e quero dizer: a unanimidade do PT, do PTB, do PMDB, do PPS, do PC do B, do PSB, do PL, do PSL, e o PDT, com a sua exceção, porque a sua Bancada apoiou e assinou a Moção pela aprovação da PEC-125. Então, esta Casa tem sensibilidade. Do PSDB, o Ver. Luiz Braz, que também tem acompanhado a luta dos comerciários; o Ver. Beto Moesch, e, ao total, vinte e oito Vereadores. Portanto, a visão progressista é essa.

Para concluir, eu queria dizer que na Câmara Federal já está o Projeto do Deputado Daniel Almeida, do Partido Comunista do Brasil, colocando a proibição do trabalho do comércio aos domingos, exceto no caso de negociação entre os trabalhadores e os patrões. E seja a aprovação da PEC da Deputada Jussara Cony, também do PC do B, seja a aprovação do Projeto do Dep. Federal Daniel Almeida, colocará no devido leito a questão da abertura do comércio aos domingos. Que abra o comércio, mas mediante uma negociação entre patrões e empregados. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Paulinho Ruben Berta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PAULINHO RUBEN BERTA: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, eu queria aproveitar a estada aqui do Instituto São Francisco, porque sou daquela zona, daquela região, para alertar sobre uma coisa que parece que está passando despercebida a muitas autoridades da nossa Cidade, do nosso Município. Praticamente diariamente o jornal estampa a insegurança, ou melhor, a falta de segurança na região eixo Baltazar, principalmente no Bairro Ruben Berta - um dos bairros mais violentos de Porto Alegre. Eu queria aqui fazer alguns questionamentos sobre isso. O Bairro Ruben Berta é considerado, hoje, um dos bairros mais violentos de Porto Alegre. Também é considerado um dos bairros sem a menor condição de sobrevivência. Um bairro com mais de quarenta mil pessoas - que, na realidade, era para ser um Município -, que não tem uma escola de 2.º Grau, que não pode educar os seus filhos, que não pode dar segurança às suas famílias. Não se pode exigir dessa comunidade que sejam todos honestos; que tenham uma postura de homens honestos, de pessoas honestas. Quando um bairro que tem um número de população tão grande não tem geração de renda, não tem escola de 2.º Grau, não oferece cursos profissionalizantes, não oferece uma estrutura, esse bairro está fora do contexto da Cidade. Um bairro para o qual eu peço aos Srs. Vereadores aqui e às autoridades desta Cidade que prestem atenção, que tem quarenta mil habitantes, no mínimo nós temos quatro mil adolescentes - em idades de quinze, dezesseis, dezessete anos - que não encontram emprego, não têm colégio, não têm nada, não têm como sobreviver. Quem é que consegue, qual é o pai, qual é a mãe, qual é a família que consegue manter um guri de quinze, dezesseis, dezessete anos preso dentro de um apartamento? Ninguém consegue fazer isso. E se ele não tem atividade educacional para se ocupar, torna-se um marginal. E parece que esse é o desejo da sociedade em relação a essa região.

Fala-se em discriminação, em racismo, em tudo, mas não se fala em educação. É incrível! Quarenta mil pessoas morando em um bairro de Porto Alegre e tendo de caminhar mais de 5Km para poder cursar o 2.ª Grau, pessoas com o poder aquisitivo baixíssimo; são pedreiros, eletricistas, pintores, serventes e não têm 3 reais todos os dias para dar ao filho para ele sair de um bairro e ir a outro bairro para estudar.

Se os Srs. Vereadores, que vejo aqui, com a maior satisfação, preocupados com todas as atividades da Cidade deveriam.... E digo mais, as pessoas... É incrível, quando se fala de quarenta mil pessoas...

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Srs. Vereadores, eu peço respeito ao orador na tribuna.

 

O SR. PAULINHO RUBEN BERTA: ...E não se tem a gentileza de se escutar quando se fala em nome de quarenta mil moradores.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Srs. Vereadores, atenção para o orador na tribuna. Por favor, é uma questão de respeito, pura e simplesmente.

 

O SR. PAULINHO RUBEN BERTA: Concordo, Sr. Presidente, que um dia, para representar a minha região, principalmente nesta Casa, que deve ser um orgulho do porto-alegrense, é pouco, por isso eu acho que deveria ser ouvido o clamor de quarenta mil pessoas, que há mais de dois anos vêm a esta Casa pedir que os Vereadores se interessem pela questão da educação no Bairro Ruben Berta, por uma escola de 2.º Grau. Muito obrigado pela atenção dos senhores. E digo mais: no ano que vem, teremos eleição; no ano que vem, muitos que hoje não estão dando a devida atenção a esse conjunto, a esse bairro, podem ir lá buscar o voto, e espero que levem, no mínimo, uma proposta de escola de 2.º Grau para aquela região, para dar uma ocupação aos adolescentes daquela região, que não têm condições financeiras de ir todos os dias para a Av. Baltazar de Oliveira Garcia ou para outra região da Cidade para poderem exercer o seu direito de serem educados. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a imprensa nacional repercute, no dia de hoje, as declarações de Sua Excelência, o Sr. Presidente da República, na Confederação Nacional da Indústrias, quando afirma, textualmente, de forma peremptória, que nem o Judiciário, nem o Legislativo, que ninguém, a não ser Deus, o impedirá de colocar este País no rumo certo. Eu quero, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, manifestar a minha intranqüilidade com relação a esse tipo de manifestação. Parece-me que o primeiro mandatário da Nação, que há pouco afirmava, com muita seriedade, que não se governa com bravatas, muito cedo esqueceu-se dessa receita. Srs. Vereadores e Sr.ªs Vereadoras, ao iniciar essa campanha de confronto direto com o Poder Legislativo e com o Poder Judiciário, como querendo dizer que ele e ninguém mais neste País sabe qual é o rumo certo, ao iniciar esse confronto, Sr. Presidente, começam a ser reescritas, no País, situações as quais eu já vivenciei ao longo dos meus sessenta e três anos e que nunca deram bons resultados para esta Nação. Eu não posso entender como alguém, ungido pelo voto popular, pretenda governar em conflito com o Poder Legislativo, que é também, direta e objetivamente, fruto da representação popular, da mesma representação popular que outorgou ao Chefe do Poder Executivo a legitimidade de seu mandato. Fico, Sr. Presidente, preocupado com isso, porque eu não sei se o rumo certo que o Presidente Lula está a proclamar é aquele que desemboca na taxação dos aposentados, na redução das pensões das viúvas, na manutenção dessa alta taxa de juros que o País vive, no compulsório exageradamente colocado em prática que retira os recursos da economia e da produção nacional. Se esse é o rumo certo, eu acho que o Poder Legislativo e o Poder Judiciário têm mais do que se ocupar e ficar contra, porque esse só é certo para o Lula, seus Ministros e aqueles que de qualquer forma lhe batem palmas.

Eu quero declarar peremptoriamente que o meu Partido, desde o começo, se declarou como um partido que queria contribuir para a governabilidade, isso é, fazendo oposição séria ao Presidente da República, e é isso que nós temos feito. Agora, se o Presidente da República pretende atropelar o Congresso Nacional e o Poder Judiciário, aí a nossa oposição respeitosa vai ter que ser uma oposição muito mais resistente, muito mais convicta e, sobretudo, muito mais responsável, porque aí não será responsabilidade com a governabilidade, e sim com a própria Nação e com o processo democrático que começa progressivamente a ser violentado, até chegar a uma situação de absoluta insustentabilidade.

Eu já vi todo esse filme e não quero vê-lo de novo, mas, se tiver de vê-lo, vou voltar a ser protagonista na trincheira adequada de defesa do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, pedras angulares e basilares da instituição democrática.

Por isso, quero dizer que a manifestação do Presidente Lula pode ser muito bonita e aplaudida por muita gente neste País, mas é perigosa, profundamente perigosa e deve ser amplamente discutida nos Parlamentos brasileiros, como aqui deve sê-lo, para que ninguém amanhã se diga surpreendido se nós partirmos para algumas posições dentro dessa linha de plena radicalidade em que os direitos constitucionais não sejam garantidos e, sobretudo, em que a própria segurança jurídica nacional seja posta em xeque.

Por isso, Ver. Pedro Américo Leal, quero, como homem do PFL, como seu único integrante nesta Casa, e conseqüentemente, seu Líder, repetir a nossa disposição de sermos oposição responsável neste País e contribuirmos, desta forma, com a governabilidade, Ver. Wilton de Araújo, porque achamos que a outra forma do servilismo e do adesismo não é o caminho que a Nação nos exige nesta hora, mas nesse nosso compromisso com a governabilidade, de fazermos oposição séria, nós não tergiversaremos um minuto sequer, se forem postas em xeque as instituições da democracia brasileira, e nelas se insere, de forma muito expressiva, o Poder Legislativo, o Parlamento Brasileiro e o Poder Judiciário Nacional.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Ver.ª Maria Celeste na presidência dos trabalhos hoje à tarde, Srs. Vereadores e Sr.ªs Vereadoras, é importante resgatar um pouco da fala do Ver. Reginaldo Pujol. Ora, um Presidente eleito democraticamente, que concorreu à Presidência por quatro vezes, tem o seu histórico como militante político e cidadão sustentado na militância contra a ditadura, pela democracia, representa um Partido que avança em todos os locais onde governa, com a participação direta da população por meio do Orçamento Participativo. Nunca esteve o Presidente Lula ao lado daqueles que fizeram neste País, por mais de vinte anos, a história mais triste dos quinhentos anos de existência; fizeram uma ditadura militar sustentada pela chamada Aliança Revolucionária Nacional, que fez o Golpe Militar. Essa aliança que, com a sua derrocada como Governo, em 1980, e em 1984 no seu final, dali saiu um Partido, o PDS, e daquele Partido, daquela aliança saiu um outro Partido, o PFL, que sustentou mais de vinte anos de Congresso amarrado, amordaçado, cegado, surdo, que amarrou e fechou o Judiciário. Vamos lembrar um pouco da história do nosso próprio País, antes de falar qualquer coisa contra o Presidente Lula, principalmente aqueles representantes, Ver. Reginaldo Pujol, que por tanto tempo apoiaram o regime ditatorial contra a democracia, contra o Parlamento, contra o Judiciário, não podem dizer agora que estão aqui porque sempre lutaram pela sua defesa. O Governo Lula tem imensa responsabilidade e respeito pela democracia, construiu-se democraticamente, legitimamente nas urnas, com mais de 60% dos votos, e hoje tem mais de 80% de apoio, amplia a base de participação nacional através dos vários conselhos, das audiências públicas, do debate do Plano Plurianual; esse é o Governo Lula. É o mesmo Governo que, além de avançar na área econômica, anunciou esta semana o Plano Safra, que apoiará o pequeno e o médio produtor. É o mesmo Governo que hoje está lançando o Programa de Microcrédito, pois onde o PT governa, sempre houve bancos que garantem um microcrédito, como há aqui em Porto Alegre o Banco PortoSol, com taxa de 3,5%, diferente dos bancos privados que têm taxas de 5% e 6,5%. Aqui são 3,5%, com prazos de quarenta e cinco dias de carência para começar a pagar, e com prazos de mais de dois meses de carência para aquele que adquire um equipamento e tem de aprender a usá-lo, antes de começar a tirar o seu lucro para poder pagar o seu empréstimo; essa é a diferença do PortoSol. Microcrédito é a capacidade de desenvolver este País, usando a capacidade produtiva e empreendedora do pequeno e do médio, que gera emprego. Hoje o pequeno comércio, a pequena indústria são as empresas que geram mais de 60% dos empregos no País. É isso que o Governo Lula está fazendo, colocando a economia em ordem. Depois do ataque especulativo, financeiro e político que fizeram no País, ao final do ano passado, mesmo assim o Governo Lula recupera a credibilidade do País, a economia, a inflação, o dólar, baixa a gasolina, o diesel; isso, por si só, já demonstra a capacidade política do Presidente Lula, seu compromisso com a democracia, seu compromisso com o desenvolvimento do País, mas principalmente seu compromisso com o desenvolvimento humano, com a inclusão social, quando se fala de reforma agrária, quando se é contra os transgênicos, como o Governo Lula, que agora também anuncia que será rigoroso contra os transgênicos.

Então, o sonho de um País diferente está começando, neste ano, e não será o Congresso, não será o Judiciário e não serão as forças conservadores, apenas Deus poderá parar esse processo de transformação. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito que os Projetos na Ordem do Dia sejam apreciados na seguinte ordem: PLCL n.º 018/02; PLL n.º 194/01; PLL n.º 260/01; PLL n.º 137/02; PLL n.º 232/02; PLL n.º 013/03; PLL n.º 022/03; PLL n.º 037/03; PLL n.º 039/03; PLL n.º 047/03; PLL n.º 055/03; PR n.º 001/03; PR n.º 018/03; PR n.º 026/03; PR n.º 028/03; PR n.º 029/03; PR n.º 034/03; PR n.º 037/03.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, o Partido Progressista se submete a essa listagem, mas com protesto, pois não foi o acordado anteriormente.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Registro o protesto do Ver. Beto Moesch.

As Lideranças têm consenso sobre a solicitação proposta pelo Ver. Reginaldo Pujol? (Pausa.) Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h01min.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib – às 17h02min): Estão reabertos os trabalhos.

Apregôo a Emenda n.º 2, de autoria do Ver. Sebastião Melo, aposta ao PLCL n.º 018/02. (Lê.): “Fica acrescido o § 4.º ao art. 155, da Lei Complementar n.º 434...” – que é o Plano Diretor – “... de 1.º de dezembro de 1999, e alterações posteriores, com a seguinte redação: § 4.º A restrição de aplicação do Índice de Aproveitamento e da Taxa de Ocupação não abrange ampliação ou construção de prédios destinados à indústria, ao comércio e aos serviços das empresas já estabelecidas no Município, antes da promulgação da Lei Complementar n.º 434, desde que mantida a área do terreno nas suas dimensões originais, constantes da matrícula e, ainda, quando ausente de qualquer previsão de área pública, para implantação da malha viária ou de equipamento público comunitário, obedecendo ao traçado estabelecido pelo PDDUA, sobre o terreno onde se localiza a empresa.”

Apregôo também a Emenda n.º 3, de autoria do Ver. Marcelo Danéris, aposta ao PLCL n.º 018/02. “Inclui parágrafo no art. 155 da LC n.º 434/99, PLCL n.º 018/02, onde couber, com a seguinte redação: ‘Parágrafo - Os interessados nas concessões dos benefícios deste artigo não poderão ser demandantes em processos judiciais ou administrativos contra a Administração Municipal e nem serem devedores de quaisquer taxas e/ou tributos da competência do Município’.”

Em votação Requerimento de autoria do Ver. Sebastião Melo que solicita dispensa do envio das Emendas n.ºs 02 e 03 apostas ao PLCL n.º 018/02 às Comissões respectivas. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, fruto do consenso das Lideranças sobre a ordem de apreciação dos Projetos na Ordem do Dia de hoje. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3413/02 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 018/02, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que acrescenta § 3.º ao art. 155 da Lei Complementar n.º 434, de 1.º de dezembro de 1999, e alterações posteriores (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre). Com Emenda n.º 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;

- da CEFOR. Relator Ver. Darci Campani: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1.º, I, da LOM.

- incluído na Ordem do Dia em 25-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLCL n.º 018/02. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib; colegas Vereadores e colegas Vereadoras, este Projeto, de nosso autoria, percorreu todas as Comissões pertinentes da Casa e entrou na Ordem do Dia, se não me engano, na semana passada ou no início desta semana.

Aí, me perguntavam, aqui, o Ver. Elói Guimarães e o Ver. Raul Carrion, sobre o Projeto. Eu quero, então, de forma muito tranqüila, dizer do que trata esse Projeto, Ver. Nereu D’Avila. O Plano Diretor de 1999, que muitos dos senhores, muitos que estão aqui votaram, estabeleceu, no art. 155, que o comércio, a indústria ou os prestadores de serviços que estavam estabelecidos, já naquela época, se hoje quiserem ampliar os seus negócios, terão que dar 20%, em valor, ou em espécie, ou no terreno para a Prefeitura de Porto Alegre. A nossa modificação visa ao seguinte: que as empresas já instaladas antes de 1999, portanto antes do Plano Diretor, possam ampliar os seus negócios sem doar esses 20%. Se o empreendimento é novo, não se trata disso; aí a Prefeitura vai analisar de acordo com o que a Lei já estabelecia.

E por que essa questão? - Ver. Elói Guimarães, e Ver. Beto Moesch, que também me perguntou sobre o Projeto. O Plano anterior estabelecia exatamente isso que estamos colocando. Dou um exemplo. Uma empresa tem uma área de 10m2, Ver. Juarez Pinheiro, e construiu, até 1999, mil metros quadrados em cima dessa área. Passaram-se dois anos, o dono de uma madeireira ou de uma indústria resolveu aumentar em 200 metros e construiu um galpão a mais na sua empresa, dizendo: “Eu vou ampliar 200 metros, 300 metros, dos mil metros sobre os que já existem. Pela Lei atual, ele tem que doar, Ver. Elói Guimarães, 20% dos 10 mil metros, que é o total do terreno, o que não é justo. O que nós estamos retirando neste momento é que, para a ampliação dos serviços, do comércio ou da indústria já instalados, ele não precisa fazer essa doação. E isso tem um fundamento, porque este Projeto nasceu fruto de uma pesquisa que nós fizemos junto à SPM. Na SPM nós encontramos, há um ano, Ver. Maristela Maffei, uns quinze pedidos de projetos de ampliação de várias empresas, que continuam pendentes até hoje. Neste momento já não são mais quinze, talvez sejam vinte, talvez sejam trinta, talvez sejam quarenta as empresas que querem ampliar os seus negócios, e isso significa emprego para a cidade de Porto Alegre. Depois que distribuí este Projeto, conversei com muitos setores da sociedade civil, do aço, da COMAC, da construção civil, enfim, e ouvi de muita gente, Ver. Elói Guimarães: “Se continuar assim, nós vamos mudar de lugar; vamos para Canoas ou para uma outra localidade, porque nós não vamos fazer um pedágio desses, de 20%, para poder ampliar os nossos negócios, enquanto nós achamos que não estamos criando nenhum impacto”.

Qual é a finalidade desses 20%? É justamente para cobrir o impacto que a obra poderia causar à região. Agora, uma madeireira que já tem 1000m2 aumentar 100m metros, desculpem-me, ela não vai causar um grande impacto e poderá dar mais cinco, dez empregos. Em várias conversas, muitos técnicos da Prefeitura concordaram com a tese de que deveríamos voltar à lei anterior. Tenho aqui o depoimento de alguém que todo o mundo conhece nesta Casa, a própria Inês que esteve aqui hoje de tarde. Dizia ela: “O espírito da Lei lá no início era esse”.

Antes de terminar meu pronunciamento, quero fazer uma agradecimento muito especial ao nosso querido Arquiteto Ferraro, que foi parceiro nessa caminhada desde a primeira hora, que esteve em várias reuniões conosco, com os técnicos e sociedades civis e que ajudou a construir este Projeto. De público, agradeço a parceria do Ferraro, que nos ajudou nessa construção, Ver. Luiz Braz, para a elaboração deste Projeto, que resgata uma questão importante, que é restabelecer o desenvolvimento sustentável da Cidade, sem fazer loucuras, sem dizer: “Você pode fazer um grande empreendimento sem doar”. Não é nada disso! Eu estou dizendo para aqueles que já estavam estabelecidos até o Plano de 1999; eu não estou falando dos que vieram depois, dos que chegaram depois. Nós estamos dizendo mais: o Ver. Darci Campani fez uma Emenda nessa direção, e eu fiz uma outra Emenda exatamente para restringir, colocando que é só sobre a matrícula original, Presidente, porque, senão, alguém poderia ter um terreno num determinado lugar, começar a comprar área do entorno e utilizar a ampliação no entorno. Não, ele só pode ampliar da sua matrícula original. Se eu tenho 100m2, eu posso ampliar dentro dos 100m daquilo que a lei permite construir, Ver. Wilton Araújo. Eu não posso comprar 200m do lado, 300, 400 ou 500m, e com isso ampliar a minha área, porque eu estaria fraudando a intenção da lei. Era isso, não sei se consegui explicar; se não consegui, posso voltar.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Vereador, seu tempo está esgotado. (Pausa.) O Ver. Wilton Araújo inscreve-se e cede seu tempo ao Ver. Sebastião Melo.

 

O Sr. Wilton Araújo: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Sebastião Melo, autor do presente Projeto, se bem entendi, por essas Emendas que estão sendo distribuídas - ainda não as localizei - restringe-se a área à matricula original.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Exatamente.

 

O Sr. Wilton Araújo: Eu vejo assim algumas dificuldades: a matrícula original ou as matrículas existentes na aprovação da Lei, não seria mais justo? Existe uma situação hoje, ou seja, não conheço nenhum caso específico, mas questiono se não seria melhor, talvez haja casos em que existam uma ou duas matrículas já pré-existentes, antigas, em terrenos contíguos e que a empresa poderia ampliar em cima dessa área, que já é dela há bastante tempo, não sei se a restrição da matrícula original não poderia limitar muito. Deixo a dúvida no ar.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: A nossa Direção Legislativa com certeza está distribuindo as Emendas, mas o espírito desta Lei, Ver. Wilton Araújo, tem um foco: fazer com que as empresas de serviços, indústria e comércio instaladas até o final de 1999... Vamos dizer que V. Ex.ª tivesse um terreno “X” de 10.000m2 e havia, em cima dele, 2.500m construídos no final de 1999. Pela Lei que foi aprovada aqui na Câmara, a partir daquele momento, se V. Ex.ª quisesse aumentar 100m da sua indústria, teria de doar 20% do seu terreno para a Prefeitura de Porto Alegre. Pois bem, o que nós estamos colocando com esta Lei é que, se a indústria, o comércio ou a prestação de serviços já estava instalada, pode ampliar sem fazer a doação, mas, se o empreendimento é novo, segue a regra, vão ter de estudar, ver as compensações, medidas mitigatórias. O espírito da Emenda - V. Ex.ª vai ler e acho que ficou claro - é que as matrículas da época, originárias em 1999, estamos falando de 1999... Portanto, queremos preservar.

Sei também que o Ver. Marcelo Danéris apresentou uma Emenda, que acho extremamente importante, dizendo que, se houver alguma empresa em dívida com o fisco municipal, não poderá ser beneficiada por essa ampliação. Achei justo, se há uma empresa que está litigando na Justiça, não será beneficiada. Acho que há várias barreiras de proteção que, Ver. Paulinho Ruben Berta, seguram bem a transparência, a tranqüilidade deste Projeto, ou seja, acima de tudo queremos fazer justiça, no sentido de que você possa ampliar os serviços, ampliar o comércio, ampliar a indústria e com isso você vai dar mais empregos e sustentar o meio ambiente também, porque não iria defender aqui nenhum Projeto que fosse insustentável do ponto de vista de causar impacto à cidade de Porto Alegre e não ter as suas compensações. Agora, se vai fazer um novo empreendimento, bom, entendo que aí você tenha de compensar para praça, para outras medidas na Cidade; mas, se você está ampliando, você já existe, você já tem uma infra-estrutura no local e você está permitindo, com isso, dar mais emprego para a Cidade.

Então, Ver. Wilton Araújo, agradeço a V. Ex.ª por ter me concedido o tempo e fico à disposição, se necessário for, nos encaminhamentos, se não for, nem voltarei, para que, havendo alguma dúvida, estejamos à disposição para este debate. Achamos que este Projeto, não porque é da nossa autoria, mas é um Projeto que foi trabalhado a várias mãos, e do qual apenas fui o instrumento para poder viabilizá-lo nesta Casa e, portanto, peço apoio dos nobres Pares para aprová-lo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para discutir o PLCL n.º 018/02.       

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, Ver. João Dib, Srs. Vereadores, Sr.ªs Vereadoras, público que nos acompanha aqui e pela TV Câmara. Primeiro, é importante dizer que a partir da apresentação do Projeto do Ver. Sebastião Melo, que tratava dos índices de construção e de ampliação, nós procuramos a Secretaria de Planejamento do Município, através do seu Secretário, nosso companheiro Carlos Eduardo Vieira, da sua assessoria, nossa companheira da Secretaria de Planejamento, Inês D’Avila, e buscamos nos informar sobre o Projeto, grosseiramente, para que possamos entender e quem nos acompanha também.

Hoje uma pessoa que tem um terreno, usando um espaço mais ou menos equivalente a 10ha, vamos dizer, tenha lá seus 3000m2 de construção e queira ampliar 1000m2 de construção, tem de doar 20% dessa área. A proposta do Ver. Sebastião Melo é de que doe em cima do índice que construiu e que ampliou, o que já nos parece bastante justo. Diante dessa situação, fomos buscar, junto à Secretaria de Planejamento se legalmente estava correto, além da justiça da proposta. A Secretaria de Planejamento, através do seu Secretário Carlos Eduardo Vieira, se mostrou interessada e apoiando o Projeto, com algumas ressalvas. Quais são as ressalvas, Ver. Reginaldo Pujol? Duas apenas: nós não poderíamos permitir que esse empreendedor que vai ampliar sua área, que já tem, de produção da sua empresa ou da sua indústria, passe a comprar os terrenos em volta, juntando todas as matrículas, ampliando nos seus terrenos em volta, como se fossem ampliações e não como construção numa matrícula diferenciada, o que geraria uma injustiça e aí um corte da parte que tem de ser retornada ao Município. Então, nós fizemos uma Emenda definindo que aquela matrícula e sobre a capacidade de construção daquele terreno, esgotando aquela capacidade de construção, e só aí passando a outro terreno. Segundo, é que apenas fossem beneficiados aqueles que estivessem em dia com os seus impostos, que parece que é o mais correto, para estimular que todos aqueles que pagam o seu ISSQN, seu IPTU, seus tributos, suas taxas em dia, continuem pagando. E desestimular aqueles que não pagam, porque além de estarem irregulares, perdem benefícios.

Nós fizemos três Emendas; uma, do Ver. Darci Campani, que participou do debate e também fará parte da nossa discussão do Projeto para justificar a sua Emenda; este Vereador fez a Emenda colocando a questão dos tributos e impostos em dia. E a SPM, junto com o Sr. Ferraro, com a Inês D’Ávila, assessoria do Ver. Sebastião Melo; o Ver. Sebastião Melo e este Vereador construímos essa solução para as diversas matrículas, para que não fosse burlada a Lei, e, sim, melhorada para o benefício comum.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Marcelo Danéris, o objetivo da sua Emenda é plenamente justificado. Não sei se a redação encontrada configura bem essa situação de obstar a burla e de não estimular aquele que é contumaz no não-recolhimento de impostos do Município. Para ele ter esse benefício, primeira condição: terá de se colocar em dia com o erário municipal. Todos nós concordamos com isso. E com o objetivo, por V. Ex.ª anunciado, de impedir a junção de matrícula que ensejasse uma eventual burla e beneficiamento indireto e não desejado por nós, eu apenas tenho dúvidas, mas lerei depois os termos da redação; mas com o espírito da Emenda, eu concordo inteiramente.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Obrigado, Ver. Reginaldo Pujol. A nossa idéia é apoiar e votar favoravelmente o Projeto do Ver. Sebastião Melo, e o seu termo meritório de justiça garantindo, no Município, que empreendimentos permaneçam aqui, suas ampliações permaneçam aqui, viabilizando e estimulando o investimento em Porto Alegre, com este Projeto do Ver. Sebastião Melo, que se vai desdobrar num debate ainda mais profundo, que é o Plano Diretor, que nós teremos na Câmara, que, obviamente, pega aspectos dessa ordem, como este que o Ver. Sebastião Melo, atentamente, propôs aqui, para nós podermos corrigir cada vez mais e transformar o Município de Porto Alegre em mais moderno e mais atrativo para os seus investimentos, garantindo qualidade de vida e justiça tributária, social, urbana. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Darci Campani está com a palavra para discutir o PLCL n.º 018/02.

 

O SR. DARCI CAMPANI: Sr. Presidente e demais Vereadores, vim aqui para discutir e apresentar a Emenda. Não chegamos a conversar diretamente com o Ver. Marcelo Danéris, mas o espírito que nos levou a apresentar a Emenda é exatamente a intervenção do Ver. Marcelo Danéris nos orientado à discussão de que realmente o Projeto de Lei tem mérito no seu entendimento mais geral, mas que, com as pequenas correções que nós fizemos nas Emendas, ele tem condições de sua apreciação, de sua aprovação por esta Casa, para que não se cometa outras injustiças, porque a votação que tivemos do Plano Diretor nesse aspecto específico trouxe alguns pequenos erros, ou algumas pequenas injustiças, melhor dizendo. O Projeto tem este mérito de corrigir essas injustiças, mas, para não gerarmos outras, teríamos de, então, fazer essas pequenas correções.

A nossa Emenda propõe o não-limite de data, pois, conforme o Projeto, o empreendimento que foi feito antes da Lei vai ter a benesse de não precisar seguir a Lei, e só os que forem feitos depois da Lei vão ter de seguir no detalhe a Lei. Então, nós tiramos este detalhe da data de promulgação da Lei do Plano Diretor Urbanístico da Cidade e que a instância, que é criada pela própria Lei do Plano Diretor, o Sistema Municipal de Gestão de Planejamento, ou seja, o Conselho Municipal de Planejamento, possa verificar se é vantagem ou não para o Município a concessão desse benefício que está sendo proposto na Lei. Pelo Projeto de Lei original do Vereador, apenas os que estivessem na situação de edificação antes da Lei. Com a Emenda que nós fizemos, também aqueles que, após a votação da Lei, se encontrarem nessa situação, poderão auferir essa vantagem, mas, dentro da visão mais geral do planejamento da Cidade, que não pode ser, realmente, às vezes, julgado a partir de uma Lei muito genérica. Então, nós passamos ao Conselho do Plano Diretor, ao sistema, que não é só um Conselho; o Plano Diretor, na Lei, cria todo um sistema de decisão regionalizado dentro da cidade de Porto Alegre e, nessa estrutura, avaliado pela região específica que vai ser beneficiada ou não pela vantagem dada por esta Lei que ora estamos aqui apreciando, a região vai poder avaliar se é benéfico para ela ou não, e o Conselho Municipal do Plano Diretor também poderá avaliar e, então, conceder o benefício que esta Lei está propondo.

Com essa correção, nós entendemos que a Lei realmente atinge todos os possíveis pretendentes ao benefício, não se restringindo só àqueles que, em determinada época, tinham já a sua edificação realizada e que foram, talvez, prejudicados ou que, nos seus negócios, tiveram algum prejuízo, estendendo, então, a todos essa possibilidade.

Então, nesse sentido, encaminhamos no sentido de que o conteúdo do Projeto do Ver. Sebastião Melo tem mérito, mas precisa dessas pequenas correções que foram feitas pela minha Emenda e pelas Emendas do Ver. Marcelo Danéris. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o PLCL n.º 018/02. O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós tivemos a oportunidade de trabalhar intensamente quando da concepção e da proposição do Plano Diretor de 1999, que estava dentro de uma conjuntura, onde prevaleciam determinados valores, até determinadas ideologias, como se queira entender. Mas eu diria, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, que, diante do quadro conjuntural, a medida proposta pelo Ver. Sebastião Melo afigura-se adequada ao momento conjuntural, porque, exatamente, é estimulante; ela não desestimula; ela estimula a que aquelas situações preestabelecidas a 1999 tenham uma razão, uma proposição, um motivo a ampliar as suas atividades. Esse aspecto parece-me positivo.

Eu estou em dificuldade com a Emenda do Ver. Marcelo Danéris, porque Sua Excelência, na Emenda, diz o seguinte: “Os interessados nas concessões dos benefícios do artigo não poderão ser demandantes em processos judiciais ou administrativos contra a Administração Municipal”. Quer dizer que, se eu estiver nas condições da proposição, Ver. Sebastião Melo, mas estiver discutindo com a Prefeitura - vejam bem - uma demanda que pode até não ser relacionada com a questão tributária, porque eu posso estar discutindo com a Prefeitura demandas das mais diferentes -, então, eu estou inibido do exercício do direito que, uma vez aprovado, será lei. É uma capitis diminutio inconstitucional, Ver. Wilton Araújo, inconstitucional. Eu estou, por assim dizer, discriminado, Ver. Marcelo Danéris, porque eu posso estar discutindo com a Prefeitura e, mesmo que deva à Prefeitura, nós não podemos, a priori, afastar o Judiciário, como se o Judiciário fosse algo que o munícipe não pudesse buscar, Ver. Raul Carrion. O Judiciário é uma garantia democrática, é uma garantia da liberdade, é uma garantia do Estado Democrático de Direito; eu não posso, sob pretexto de estar no Judiciário, discriminar na Lei, não posso, sob pena de estar cometendo ato de força, ato inconstitucional. Então, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu acho que, em um primeiro apanhado, a Emenda do Ver. Marcelo Danéris nos oferece dificuldade, porque eu estarei penalizando aqueles que, por mais diversas razões, podem estar discutindo com a Prefeitura. Por exemplo, pode ter entrado água na minha casa, e eu entrar com processo contra a Prefeitura, logo, não posso me beneficiar, porque a Emenda está dizendo que aqueles que demandarem contra a Prefeitura estão afastados do benefício da Lei. Eu não tenho, Ver. Marcelo Danéris, como vencer essa dificuldade, que é, na minha opinião, discriminatória, e não podemos conceber leis que infrinjam a igualdade de todos. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o PLCL n.º 018/02. O Ver. Wilton Araújo está com a palavra para encaminhar a votação.

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, venho encaminhar esta matéria e vou no mesmo rumo do Ver. Elói Guimarães. Ver. João Antonio Dib, um antigo Vereador desta Casa, ex-Vereador desta Casa, sempre dizia, nessas situações, que talvez o orador não fosse tão bom, não tivesse a capacidade de chamar a atenção com a sua fala, com o seu discurso, para que os demais Vereadores, o Ver. Beto Moesch, o Ver. Luiz Braz, o Ver. Reginaldo Pujol e o Ver. Marcelo Danéris, talvez não interessasse a eles a discussão deste Projeto. Mas sei que não é esta a intenção, talvez seja deficiência do orador, que não tem a capacidade de trazer a atenção dos seus pares. Coloco-me nesta situação.

Sr. Presidente e Srs. Vereadores, também tenho dificuldades com a Emenda n.º 03, Ver. Elói Guimarães. Esta Emenda, deixada desta forma, proibindo ou excluindo dos benefícios da lei aqueles que forem demandantes em processo judiciais ou administrativos contra a Administração Municipal. Ora, é muito largo isso. Primeiro, porque, concordo com o Ver. Elói Guimarães, há inconstitucionalidade, e, havendo inconstitucionalidade, nós podemos, Vereador-autor, Ver. Sebastião Melo, invalidar a intenção da lei. Na medida em que alguém entre questionando a constitucionalidade da lei aprovada, por causa desta Emenda, nós vamos perder a validade da lei ou pelo menos vamos levá-la à discussão por anos e anos, e nós sabemos que isso pode acontecer. Então, não vejo esta Emenda como sendo capaz de melhorar o Projeto. Penso que, ao contrário, ela restringe de forma perigosa, podendo fazer com que o Projeto não venha a ser efetivado na prática.

Por outro lado, ela também traz a questão de dever taxas e tributos ao Município. Parece-me correto nesse ponto, quem quer se beneficiar da lei, deverá estar no mínimo em dia com seus tributos, taxas, com o Município de Porto Alegre. Não vejo óbice nenhum. Mas a restrição de demandas judiciais ou administrativas prejudica e invalida o que a lei pretende. Nesse sentido, ou se cria uma alternativa como, por exemplo, destacar parte deste artigo para validar a segunda parte, que me parece justa, correta, ou se retira a Emenda, ou se derrota a Emenda. Esta é a minha intenção. Então, há um momento para que isso possa, dentro do processo legislativo, ser efetivado. E, eu gostaria que os Vereadores, que se debruçaram sobre o Projeto, que fizessem as alterações que nós estamos preconizando neste Projeto de Lei.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL n.º 018/02.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, parece até que eu antevia algum problema, quando, em aparte ao Ver. Marcelo Danéris, me solidarizei com os objetivos por ele anunciados da tribuna e dizia que ainda não tinha lido a Emenda e que gostaria de fazê-lo para ver se a redação dizia exatamente aquilo que o Vereador pretendia aqui da tribuna. A confusão se estabeleceu sobre esse aspecto, porque a redação fica muito rigorosa. Porque colocando que não poderão ser demandantes em processos judiciais ou administrativos contra a Prefeitura, contra a Administração Municipal, fica muito amplo. Um sujeito que fizer uma demanda qualquer ficará obstado desse fato. O Vereador João Antonio Dib, Presidente da Casa, e em cima da sua experiência, informa-nos e coloca-nos uma possibilidade. Se for a vontade da Casa, a redação pode ser objeto de correção na Redação Final. E bastaria que, para tanto, se deixasse claro que não poderia ser demandante com relação àquela área, àquele terreno. E que, com isso, evidentemente, se ele estava demandando contra a Prefeitura, seria até ilógico que ele viesse a ter um benefício quando ele estava demandando. Acredito que, como é consensual, e nós não queremos privilegiar pessoas que estejam usando de todos os meios para burlar o fisco e etc, não é isso. Nós queremos contemplar, esse é o objetivo do Ver. Sebastião Melo, ele quer contemplar exatamente pessoas, empresas que estejam legitimamente querendo se expandir e que para tanto precisam ter restabelecido algo que, até vamos reconhecer, nós que mexemos com o Plano Diretor, equivocadamente retiramos. Então, agora, com esta Emenda, Ver. Marcelo Danéris, parece-me que, se nós colocarmos ao final a expressão “no que diz respeito”, Ver. Elói Guimarães, “à área objeto do benefício”, nós estaremos limitando os efeitos disso e assegurando aquilo, Ver. Darci Campani, que é o objetivo inicial. O objetivo é impedir que o dono da gleba, o beneficiário, seja alguém que esteja litigando com a Prefeitura ou sendo processado pela Prefeitura. Então, se esse litígio for com relação à gleba ou o terreno objeto da ampliação, este fica modificado. O fato de estar na Justiça não pode constituir razão para discriminar, socorre-me o Ver. Elói Guimarães, e eu concordo com ele. Mas, no caso concreto, se deixarmos limitado, também não tem sentido negociar-se com alguém, concedendo-lhe um benefício especial que seja litigando. Até o próprio interessado, nessas circunstâncias, se ele tem uma área, um terreno e quer expandi-lo, quer aumentá-lo, hoje não pode fazê-lo. Vai à Justiça reclamar esse fato, e, se essa possibilidade for agora viabilizada na Lei e resolvida na área administrativa, fica assegurado que, neste caso, ele vai ter de, antes desse benefício, abrir mão do processo que tem contra a Prefeitura. Assim entendo e deixo colocado, Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib, que estou formalmente requerendo destaque para esta Emenda, para que se possa discuti-la melhor e, quem sabe, caminhando por esta linha que V. Ex.ª sugeriu, com a sua experiência, de se resolver na redação final, se isso ficar ressalvado na Ata desta presente reunião. Obviamente que a Comissão de Constituição e Justiça está autorizada pelo Regimento a desfazer confusões, conflitos que eventualmente possam surgir.

Por isso, Sr. Presidente, eu continuo apoiando o Projeto, o esforço no sentido da composição, e tenho certeza de que, a partir deste caminho que V. Ex.ª nos apresentou, é absolutamente tranqüilo que se possa chegar a um entendimento. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Ver. Reginaldo Pujol, não cabe, neste momento, a solicitação de destaque, porque nós estamos nos encaminhamentos, mas as Emendas serão votadas uma a uma.

O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para encaminhar o PLCL n.º 018/02.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Primeiro, eu pediria a atenção dos Vereadores que trataram do tema, Ver. João Carlos Nedel, Ver. Pedro Américo Leal, Ver. Wilton Araújo, Ver. Elói Guimarães e o Ver. Reginaldo Pujol, principalmente, sei que todos estão debatendo, mas estes em especial. Primeiro, da parte da Liderança da Bancada, há acordo com a proposta do Ver. Reginaldo Pujol para fazer uma correção na redação final. Segundo, a Emenda, Ver. Pedro Américo Leal, tem duas partes, portanto nós não podemos derrubar a Emenda toda. A primeira parte diz que aquele que vai se beneficiar dessa Lei deve estar em dia com seus tributos. Bom, isso é ponto pacífico, deve estar em dia com seus tributos, está correto. Agora, não podemos privilegiar aquele que está atrasado em todos os seus tributos e ainda por cima requer um benefício. Então estar em dia com seus tributos é ponto básico; na verdade, nem seria tão necessário isso estar na Lei, mas é bom reafirmar: “em dia com seus tributos”. Na segunda parte fala sobre o aspecto de não poder estar com uma ação judicial, pelo simples fato, Ver. Pedro Américo Leal, Ver. Elói Guimarães e Ver. Reginaldo Pujol, de que, resolvido o problema da ação, esse requerente pode se beneficiar; está resolvido o problema da ação; se o requerente entra na Justiça, perde na Justiça, Ver. Luiz Braz, mas já requereu o benefício, como o Município, depois que o requerente perdeu na Justiça, pode fazer retroagir o benefício que ele obteve, até porque já construiu? Então há um problema real aí. O Ver. Reginaldo Pujol fez uma média que se refere ao demandado, ou seja, aquele a quem a Prefeitura está cobrando, e não aquele que está cobrando da Prefeitura; faz-se um ajuste, uma mediação na redação final, que nós aceitamos como termo de mediação para aprovar, até porque derrubar toda a Emenda seria uma injustiça com aqueles que estão em dia com seus impostos. Só aqueles que estão em dia com seus impostos e seus tributos podem acessar esse benefício. Isso é ponto básico de justiça. Então, para não derrubar a Emenda toda, o Ver. Reginaldo Pujol fez uma proposta mediada. A Liderança da Bancada aceita a proposta mediada para corrigir a Emenda, apesar de que, no mérito, eu preferiria ter a Emenda como ela está, mas já que tem uma proposta de mediação para que nós possamos aprovar a Emenda, dou acordo, não há problemas, e nós permanecemos com a primeira parte da Emenda como está, que é a parte que garante que todos aqueles beneficiados devem estar em dia com seus tributos, impostos, contribuições, taxas e assim por diante, para não incentivar aqueles maus pagadores que não pagam os seus impostos e se beneficiam da estrutura da Cidade, de toda a estrutura que a Cidade disponibiliza para essas empresas, não pagam, e essa estrutura só é possível, porque há outros que pagam. E, além do mais, eles vão ser beneficiados. Então, nós protegemos o nosso cidadão que paga os seus impostos corretamente. Essa primeira parte da Emenda tem de estar lá.

A segunda parte se refere às ações judiciais. Eu preferia como estava a Emenda; mas o Ver. Reginaldo Pujol fez uma sugestão de correção do acordo, nós corrigimos. Faz-se uma mediação possível com a Emenda, para nós não perdermos, em especial, a primeira parte dela. Acho que teremos de bom termo a votação do Projeto, que é importante, tem mérito e foi construído, de forma conjunta, a partir da iniciativa do Ver. Sebastião Melo. Mantemos essa situação para não gerar uma injustiça com aquele contribuinte que está em dia com as suas contribuições frente ao Município e, ao mesmo tempo, garantimos a aprovação do Projeto. Este Vereador acha que, resolvido o problema na Justiça, aquele demandante ou demandado na Justiça pode requerer o benefício. Não se está impedindo que ele entre na Justiça, não se está resolvendo nada; a Justiça resolveu, ele pode requerer. O problema é ele ganhar o benefício e perder na Justiça, pois não tem mais como retroagir, porque aí já foi construída a obra e já foi destinada a parte do terreno; não tem mais volta. Então nós teremos um problema de, novamente, haver uma injustiça: o reclamante foi na Justiça contra o Poder Público, perdeu, mas já tinha ganhado seu benefício. Aí fica fácil, mas a mediação proposta pelo Ver. Reginaldo Pujol melhora a situação da Emenda e da redação, e então nós temos condições de aprovar com tranqüilidade. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL n.º 018/02.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, saúdo o Ver. Sebastião Melo, autor do Projeto, que tem-se revelado um legislador de escol. Ele está sempre atento aos conteúdos da Legislação Municipal. Homem atento, perspicaz, oriundo de uma escola jurídica de exercício vasto, tem grande facilidade de trabalhar com os textos legais. Desta vez, está corrigindo uma questão relativa à Lei Complementar n.º 434, que envolve o Plano Diretor da cidade de Porto Alegre. Aliás, com a reavaliação do Plano, eu penso que o Ver. Sebastião Melo, de repente, vai apresentar um substitutivo à reavaliação, de tantas idéias que tem. Diz o Vereador, corrigindo, acrescentando dispositivo ao art. 155 do Plano Diretor: (Lê.) “A restrição de aplicação não abrange ampliação ou construção de prédios destinados à indústria, ao comércio e aos serviços de empresas já estabelecidas no Município antes da promulgação da Lei Complementar n.º 434, de 1999”. O Projeto envolve a aplicação do índice de aproveitamento e da taxa de ocupação na área de ocupação intensiva, quanto à doação de 20% para áreas de destinação pública. Ele pretende corrigir, para aquelas empresas já estabelecidas, naquele local da matrícula, naquele local onde a empresa acha-se estabelecida.

Agora, o Ver. Marcelo Danéris, que também é Vereador de primeira legislatura e que vem se revelando um arguto legislador, embora não seja advogado, nem homem oriundo das letras jurídicas - as suas origens são de professor de violão erudito, as suas raízes são de professor na área da música, da cultura erudita -, apresenta uma Emenda sui generis, porque, como ele é erudito, mas não nas letras jurídicas, e sim a sua erudição é direcionada à musica, promove, às vezes, um escorregão. Como diria o Ver. Elói Guimarães, numa feliz frase, ou seja: “O Ver. Marcelo Danéris, em matéria constitucional, desafina com a sua Emenda”. Portanto, eu diria, aqui na minha simplicidade, que a Emenda do Ver. Marcelo Danéris, que é autoritária, desafina a voz e o instrumento. Destoa - contribui o Ver. Pedro Leal. Os interessados nas concessões - ele já vê como uma concessão, já atribui a denominação de concessão - dos benefícios do artigo não poderão ser demandantes da Prefeitura. Em última análise, ele acaba com o direito constitucional de demandar.

E já tenho a concordância do Ver. Juarez Pinheiro de que o Vereador desafina constitucionalmente quando pretende isso. Quer dizer, para requerer o direito do benefício, não pode ser demandante em qualquer outro assunto da Prefeitura, ou seja, se for assegurado aos funcionários públicos do Município um direito de requerer um domingo de descanso, exemplificativamente, se ele tiver uma demanda de outra natureza com a Prefeitura, ele não poderá requerer esse direito. Convenhamos. Ver. Zé Valdir, ele é duro com as letrinhas jurídicas e implacável com a cidadania.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL n.º 018/02.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. João Dib, Presidente da Casa, Srs. Vereadores, Sr.ªs Vereadoras, é interessante nós lermos o art. 155, porque o seu parágrafo 2.º, que fala sobre restrições, diz assim: “A restrição de aplicação do índice de aproveitamento e da taxa de ocupação não abrange prédios destinados a equipamentos urbanos e comunitários a critério da Secretaria Municipal de Planejamento, entendidos estes como: centros culturais, teatros, museus, templos, clubes, locais de uso recreativo, estabelecimentos de ensino, saúde, segurança, institucionais e outros”. Imagine o seguinte, Ver. Cláudio Sebenelo: o que o Ver. Sebastião Melo faz é estender esta lista também para prédios da indústria e comércio, estabelecidos até 1999.

O Ver. Marcelo Danéris, com a Emenda n.º 3, acaba desvirtuando essa idéia do Ver. Sebastião Melo, que quer incluir entre esses prédios beneficiados com a não-restrição os prédios da indústria e do comércio, e coloca o seguinte: que os interessados nas concessões dos benefícios não poderão ser demandantes em processos judiciais ou administrativos contra a Administração. Olha! Pelo amor de Deus! Sabem qual é um dos direitos dos mais sagrados que nós temos na Constituição? É o direito a ampla defesa. Como é que nós podemos estabelecer um Projeto de Lei contra uma cláusula que é cláusula pétrea? O art. 5.º da Constituição é considerado uma das cláusulas pétreas, fala sobre os direitos fundamentais. E lá está escrito, entre outras coisas, exatamente isto: o direito à ampla defesa. Ora! Eu não posso jamais cercear este direito como está escrito aqui.

Além disso, tem um outro ataque ao artigo 5.º da Constituição, na segunda parte dessa Emenda do Ver. Marcelo Danéris. Ele diz assim: “E nem serem devedores de quaisquer taxas ou tributos de competência do Município”. Ora! Mas que absurdo! Meu Deus do céu! Às vezes o cidadão é devedor por causa de problemas econômicos. Às vezes, não. Quase sempre em 99% das vezes, ele é devedor por causa de problemas econômicos. Ele não tem como pagar. E aí entre a sobrevivência da empresa e pagar o tributo, ele prefere a sobrevivência da empresa, ficando devedor.

Temos, também, na Constituição, ainda no art. 5.º, que não se pode cometer discriminação, as pessoas são iguais perante a Constituição, e se exclui a discriminação econômica, não se pode discriminar porque o cidadão não tem dinheiro para pagar. E, não tendo dinheiro, ele não poderá requerer determinado benefício? Não, a Prefeitura tem todos os meios para cobrar o tributo. Vai inscrever na dívida ativa da Prefeitura, fazer lançamento e fazer a cobrança. Não pode deixar de conceder o benefício porque o cidadão é devedor. Isso, na verdade, atenta contra o art. 5.º da Constituição.

Acho que não podemos cometer o erro de aprovar a Emenda n.º 3, porque estaríamos, realmente, votando um absurdo. São os direitos e garantias individuais, como lembra o Ver. Pedro Américo Leal. Com certeza!

Por isso mesmo, acho que temos de votar a favor do Projeto, porque ele dá proteção a algumas empresas no campo comercial e no campo industrial, de acordo com o que está citado aqui, estendendo a elas aqueles benefícios que já estão previstos para outros prédios que tenham a destinação como teatros, cinemas, e outros no setor recreativo e esportivo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação nominal o PLCL n.º 018/02, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo. (Após a apuração nominal.) APROVADO, por 28 votos SIM, por unanimidade.

Em votação nominal a Emenda n.º 01 aposta ao PLCL n.º 018/02, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo. (Após a apuração nominal.) APROVADA por unanimidade, por 26 votos SIM.

Em votação a Emenda n.º 02 aposta ao PLCL n.º 018/02. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.

Em votação nominal a Emenda n.º 03 aposta ao PLCL n.º 018/02, solicitada pelo Ver. Isaac Ainhorn. (Pausa.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Que conste, Sr. Presidente, que fique claro que, se aprovada esta Emenda, ela merecerá uma retificação corretiva na Redação Final com a expressão de que é limitada a área do terreno objeto do benefício.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Correta a declaração do Ver. Reginaldo Pujol. Se aprovada a Emenda, na Redação Final, já que não está claro na Emenda, será dito que é naquela área a definição que se dê de demanda judicial.

Em votação nominal a Emenda n.º 03 aposta ao PLCL n.º 018/02, solicitada pelo Ver. Isaac Ainhorn. (Após apuração nominal.) APROVADA por maioria, por 16 votos SIM, 12 NÃO.

Aliás, não! Há necessidade de 17 votos, maioria absoluta. A Emenda, portanto, não foi aprovada. REJEITADA a Emenda n.º 03 por 16 votos SIM, 12 NÃO.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, só para comunicar que nós pediremos renovação da votação.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): É um direito do Ver. Marcelo Danéris pedir renovação de votação, que deverá ser pedida através de documento. Aliás, não poderá ser pedida a renovação de votação, a diferença foi de quatro votos, teria de ser, no máximo, de três votos.

 

O SR. RAUL CARRION: Presidente João Antonio Dib, já existe uma consulta à CCJ no caso de uma votação minha, que exigia vinte e dois votos, e que foi vinte e um a zero, com abstenções. E o entendimento foi que o sentido de que igual ou menos de três votos significava os votos necessários para aprovação. No caso, quando é maioria absoluta ou maioria qualificada se conta do que faltava, que neste caso seria 17, faltou um voto. Já existe uma consulta, eu recordo, no ano passado, de um Projeto meu, e a CCJ já interpretou da possibilidade de renovação de votação. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Marcelo Danéris vai encaminhar o seu Pedido de Renovação de Votação e se realmente existir esse Parecer, há a diferença de um voto só, ela poderá ser renovada. Mas é uma questão a ser decidida. Se for feito o Requerimento amanhã, será colocado em votação na segunda-feira.

Continuamos a Ordem do Dia.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 2945/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 194/01, de autoria dos Vereadores Beto Moesch e José Fortunati, que institui distância mínima nas pavimentações dos logradouros do Município de Porto Alegre. Com Emendas n.os 01 e 02.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;

- da COSMAM. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.

 

Observações:

- incluído na Ordem do Dia em 05-03-03;

- adiada a discussão por uma Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 194/01. (Pausa.) Se os Srs. Vereadores permitirem, a Presidência vai apregoar o novo processo para votação.

Em discussão geral e votação o PLL n.º 194/01, de autoria dos Vereadores Beto Moesch e José Fortunati. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, venho à tribuna para sustentar a minha posição favorável ao Projeto dos Vereadores Beto Moesch e José Fortunati, que institui distância mínima nas pavimentações dos logradouros do Município de Porto Alegre, e que será votado hoje, num entendimento que se fez amplo, da ordem das matérias que seriam votadas no dia de hoje. Votada esta matéria, logo em seguida nós deveremos enfrentar um Projeto do Ver. Aldacir Oliboni, que também há muitos dias requer preferência, e aí seguiremos tudo o que foi combinado pela maioria da Casa, o que nos permite hoje, neste horário 18h10min, aprovar, penso eu, por unanimidade, um Projeto muito bom, bem elaborado, que chegou a ter algumas resistências por parte da Procuradoria da Casa, desfeitas pelo Ver. Juarez Pinheiro em um belo Parecer que foi acompanhado por unanimidade da Comissão de Justiça da Casa.

Como na Comissão de Justiça sempre voto pelo lado técnico, pelo lado jurídico, e esse estava satisfatório, agora voto sobre o lado material que envolve a matéria, sobre o seu mérito. O mérito é positivo, é muito bom, o Município de Porto Alegre, ao aplicar essa Lei, trará para a Cidade grandes benefícios na medida em que reduzirá em muito as possibilidades de inundação da cidade de Porto Alegre, que lamentavelmente são muitas. Por isso deixo antecipado meu voto. Voto favoravelmente. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLL n.º 194/01.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, discuto favoravelmente ao Projeto do Ver. Beto Moesch, que ele faz em parceria com o atual Secretário de Educação do Estado, Ver. José Fortunati. Acho que este Projeto contém, Ver. Wilton Araújo, um aspecto positivo e abre para um horizonte maior. Cometeu-se gravíssimos erros em Porto Alegre - chamarei atenção para esse dado - quando se impermeabilizaram ruas e avenidas que possuíam paralelepípedos. Isso foi um erro grave, uma visão equivocada do administrador desses últimos tempos, o que aumentou a quantidade de água na superfície do solo, e, em função dessa visão técnica equivocada, determinou, em conseqüência, que tivéssemos aumentados significativamente os alagamentos de Porto Alegre. A Cidade, em determinadas áreas, está asfaltada, impermeabilizada, quando pelo paralelepípedo a água era absorvida naturalmente; a natureza, mesmo agredida em nome do progresso, permitia que a água subsumisse, fosse assimilada nesses verdadeiros espaços e ralos entre um paralelepípedo e outro. Foi um equívoco lamentável; e o que se gastou, Ver. Wilton Araújo? Há em Porto Alegre quantidades imensas de ruas cobertas pelo asfalto, impermeabilizando-se de forma radical a Cidade e, em conseqüência, determinando que a quantidade de água sobre o solo aumentasse e tivéssemos maiores danos às áreas mormente críticas da Cidade. Então, acho que este Projeto é excelente e pode abrir para que se adote em outras áreas essa visão de não se impermeabilizar, senão em doses tecnicamente determinadas.

Encerro, Sr. Presidente, favoravelmente ao Projeto. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLL n.º 194/01.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Vereador Presidente, imagino que vá chegando esta hora da Sessão e V. Ex.ª vá ficando exausto, e por isso mesmo com dificuldades já de visualizar o Plenário como um todo. Mas este Vereador, desde o princípio da sua atividade aqui - e já faz bastante tempo isso -, não costuma se ausentar do Plenário, a não ser realmente por questões em que chamem este Vereador para discutir outros assuntos, mas é claro que o Sr. Presidente não pode visualizar todos os Vereadores de um momento para outro.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, tenho que interromper V. Ex.ª que está falando no Presidente. O Presidente olha nos lugares em que normalmente estariam sentados os Vereadores; de repente, se está fora, o Presidente pode não enxergar, mas vi V. Ex.ª se deslocando e lhe dei o tempo sem nenhum problema.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Não estou criticando V. Ex.ª, Sr. Presidente, estou apenas fazendo uma constatação com relação à conduta deste Vereador, e isso é o que realmente me interessa. Tenho muita admiração por V. Ex.ª, mas me interessa a minha conduta aqui e perante a minha consciência, e é disso que estou prestando contas para as pessoas que me trouxeram para cá.

Este Projeto é importante. Que me desculpe o Ver. Beto Moesch, que quer ver o seu Projeto votado rapidamente, mas acho que um projeto dessa importância não pode ser votado sem discutirmos; eu acho que é um Projeto muito bom. Eu até gostaria, aqui dentro do processo, de ter um parecer de técnicos engenheiros, para que pudéssemos saber qual é a distância recomendável, qual é o material que deveria ser utilizado, como é que deveríamos proceder, mas V. Ex.ª pega muito bem essa matéria, porque não podemos mais conceber que a Administração Pública impermeabilize o leito rodoviário totalmente, muitas vezes estreitando a entrada da boca-de-lobo, e o que aconteceu nos últimos tempos, impermeabilizando a superfície de vastas regiões, como foi o caso, por exemplo, do Bairro Partenon... O bairro Partenon, Ver. Beto Moesch, praticamente constitui-se numa bacia. Há as grandes encostas, que foram todas impermeabilizadas, e a parte do vale, que fica pela região da Av. Bento Gonçalves. O que acontece na época das grandes chuvas? A água não tem onde penetrar; desce toda, de maneira violenta, e, por isso, temos sempre grandes inundações pela região da Av. Bento Gonçalves. Se nós tivéssemos uma previsão de essa água poder se infiltrar durante o seu trajeto, por exemplo, em um determinado afastamento, como V. Ex.ª pede... Mas aí é que eu não sei quanto de afastamento seria o suficiente para que o projeto pudesse estar bem executado.

 

O Sr. Beto Moesch: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, agradeço pelas suas colocações. V. Ex.ª está colaborando muito no esclarecimento e no alcance desse Projeto, que é simples, mas de grande alcance na prática. Isso seria regulamentado, porque isso vai depender da bacia, da avenida, da rua, da localização. Então, a distância e o material utilizado ficariam para uma regulamentação posterior.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Eu concordo com V. Ex.ª, mas ainda acredito que, apesar de reconhecer que é muito bom o seu Projeto - e vou votar favoravelmente -, penso que ainda fica faltando, no Processo, um parecer de um técnico em Engenharia que pudesse nos dar um embasamento bem maior. Eu sei que V. Ex.ª é um grande advogado, um militante na área ambiental, mas não é um técnico em Engenharia. Eu acredito, então, que um parecer de um técnico nessa área poderia estar favorecendo bastante todos nós.

 

O Sr. Beto Moesch: É verdade, Ver. Luiz Braz, mas isso foi conversado diversas vezes com vários engenheiros que entendem do assunto e que, por unanimidade, concordaram e sugeriram, inclusive, este Projeto. Esclareço só para deixá-lo tranqüilo nesse sentido.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Tanto é que estou dizendo a V. Ex.ª que eu vou votar; só que os pareceres que V. Ex.ª tem deveriam estar dentro do Processo. Vou votar, com tranqüilidade, o Projeto de V. Ex.ª, porque penso que qualquer problema maior pode ser curado durante a regulamentação.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Não há mais quem queira discutir. Em votação o PLL n.º 194/01. O Ver. Darci Campani está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. DARCI CAMPANI: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, vamos fazer o encaminhamento. Embora o adiantado da hora, inclusive, pelo mérito do Projeto, não poderíamos deixar de fazê-lo, mas vamos tentar que seja o mais rápido possível.

O Projeto de Lei – só para deixar claro aos colegas Vereadores – se completa com as Emendas. Infelizmente existem erros na redação original, porque, na parte técnica, se têm duas discussões. Uma é de que a água da chuva, aquela que fica na superfície, deva ir o mais rápido possível para a boca-de-lobo, sem nenhum empecilho para que lá chegue. Mas, existe a outra também, de que a água possa ser infiltrada, que se permita a sua infiltração no solo. A redação original dada ao Projeto de Lei confunde tecnicamente essas duas condições, que não são contraditórias, são complementares: a água que não se infiltrar tem que chegar o mais rápido possível à boca-de-lobo. O que o Projeto prevê é que se tenha a infiltração máxima possível; então, que se crie na nossa legislação, depois, por regulamentação, um espaço que não receberá asfalto para que a água possa se infiltrar e, com isso, diminuir até a necessidade de dimensionamento dos nossos canos. Nós sabemos que, por mais que se façam obras de drenagem numa Cidade – a não ser que adotemos o sistema europeu; lá são canos de metros e metros, as pessoas andam dentro, existem cidades subterrâneas –, elas não são suficientes.

Então, o Projeto de Lei, com as Emendas, vai nos criar, na cidade de Porto Alegre, esta situação: no meio-fio, um espaço onde não deverá ser asfaltado para que a água possa penetrar, e onde os veículos rodam, aí, sim, que tenha a impermeabilização com o asfalto, que é o que produz menos barulho para a população. Quem mora em local que não tem asfalto sabe muito bem que o carro passando tem um barulho bem maior do que quando tem asfalto. Então, o asfalto traz benefícios, mas ele é um impermeabilizante e prejudica a drenagem de qualquer cidade.

Nós estamos aqui para defender a aprovação do Projeto, mas que também se aprovem todas as Emendas apostas a ele para que ele tenha coerência com o que está escrito, senão, será um Projeto que deverá ser vetado, porque têm incoerências ao fazer a confusão técnica entre uma situação, de drenagem, e a outra, situação de infiltração. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para encaminhar a votação do PLL n.º 194/01.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, este Projeto é fruto, num primeiro momento, de uma observação da cidade de Porto Alegre. Nós passamos a observar que quase todos os asfaltamentos de ruas e avenidas na Cidade, por não estabelecerem um limite de recuo, estavam alcançando e ficando no mesmo nível do cordão-da-calçada, inclusive, afetando o tamanho das bocas-de-lobo. Para o que é que serve o cordão-da-calçada? Para proteger o pedestre, para que ele fique mais alto do que a avenida, protegido dos carros; se não existir uma distância mínima, a avenida vai ficar na mesma altura da calçada, apresentando insegurança para os pedestres. Esse é o primeiro ponto. Segundo ponto: se o asfalto, como é o que está acontecendo na maior parte das ruas e avenidas da cidade de Porto Alegre, ficar na mesma altura do cordão-da-calçada e da calçada, a água, que deveria bater no cordão da calçada e ser conduzida até a boca-de-lobo vai avançar sobre a calçada, alagando-a. Terceiro ponto: se eu mantiver um limite mínimo, que seria de material permeável - isso será devidamente regulamentado -, essa água será ajudada a penetrar, independentemente da boca-de-lobo. Seriam duas entradas de água: pela boca-de-lobo, que é a principal, e, também, por esse mínimo recuo existente.

A idéia é simples. É claro que ela foi amplamente discutida com vários engenheiros, da própria Prefeitura e da Sociedade de Engenharia, que não só concordaram com o Projeto como disseram que isso era de fundamental importância. Isso, na realidade, Ver. Wilton Araújo, não deveria ser regulamentado em lei, isso deveria ser da prática da Engenharia, da prática de uma técnica de asfaltamento, mas, como isso não estava sendo feito, nós entendemos - essa é a responsabilidade, também, do Parlamentar -, de legislar, obrigando a que seja dessa maneira. Os detalhes serão devidamente regulamentados. Sobre o limite, o próprio Projeto diz: “A distância será devidamente regulamentada pelo Poder Executivo”. O material utilizado, Ver. Luiz Braz, também será devidamente regulamentado, mas, de uma vez por todas, nós vamos conseguir impedir que o asfaltamento da Cidade avance pelas calçadas, fique na mesma altura do cordão da calçada, dando insegurança para o pedestre, comprometendo a permeabilidade do solo e nas bocas-de-lobo e, claro, isso ajudará a fazermos uma melhor urbanização na cidade de Porto Alegre. A idéia é simples, mas tem o alcance fundamental para o dia-a-dia da Cidade com relação aos alagamentos, com relação à segurança dos pedestres, e na urbanização para um melhor arruamento da cidade de Porto Alegre como um todo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o PLL n.º 194/01 e a Emenda n.º 1. (Pausa.) Os Vereadores que os aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADOS.

 

Em votação a Emenda n.º 2 ao PLL n.º 194/01, de autoria do Ver. Darci Campani e do Ver. Marcelo Danéris. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.

Esta Presidência colocará em votação um Requerimento, porque é de interesse da Casa, já está aqui há um mês e não foi votado. (Lê.): “Requer a indicação da funcionária Marjane Bartolomé Martins, como representante desta Casa no Conselho Municipal de Saúde”. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 Em votação nominal, por decisão da Mesa, a prorrogação da Sessão por mais duas horas. (Pausa.) (Após apuração nominal.) APROVADA por 23 Votos SIM, 02 Votos NÃO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3880/01 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 260/01, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que institui a Feira de Artesanato e Artes Plásticas do Parque Saint-Hilaire, no Município de Porto Alegre, e dá outras providências. Com Emendas n.os 01 a 03.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 30-04-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 260/01, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, com as Emendas de 01 a 03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, o Projeto de Lei de minha autoria institui a Feira de Artesanato e Artes Plásticas no Parque Saint-Hilaire, no Município de Porto Alegre, e dá outras providências. Há um Parecer do Ver. Isaac Ainhorn, pela aprovação; do Ver. João Carlos Nedel, pela aprovação; da Ver.ª Clênia Maranhão, pela aprovação.

Todos nós sabemos que o Parque Saint-Hilaire fica aqui na divisa de Viamão, no Bairro Lomba do Pinheiro. Esse Parque possui 1.180 ha, sendo que 940 ha são de área de preservação e 240 ha são de área de lazer, isto é, dezenas de campos de futebol, de praças de alimentação, com quiosques, churrasqueiras e assim por diante.

O Projeto de Lei visa a instituir, aos domingos, a Feira de Artesanato, exatamente para humanizar o Parque.

Entendemos nós que esse Projeto atende a uma demanda e a uma solicitação não só da comunidade que vive no entorno do Parque, como também dos artesãos que sobrevivem, que vivem da arte, do seu trabalho, enfim, que nós aqui conceituamos como emprego e renda para manutenção das suas famílias.

Eu acredito que a Câmara de Vereadores tem muito a contribuir votando a favor desse Projeto. Por isso, nós pedimos a colaboração de todos os Vereadores, porque é mais um espaço que estamos criando num Parque, que vai possibilitar não só abrir espaço aos artesãos de Porto Alegre, como também aos de Viamão, principalmente, atendendo a uma demanda dos índios Caigangues, que ali estão situados, entre o Parque e a Lomba do Pinheiro, atendendo a uma necessidade. Inclusive, a nossa Ver.ª Maristela Maffei é testemunha, é uma Vereadora com muita ação ali no bairro e sabe também da importância deste Projeto. Queremos, em poucas palavras, pedir a colaboração e o apoio dos nobres Vereadores para que possamos instituir mais uma feira em Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Wilton Araújo está com a palavra para encaminhar a votação do PLL n.º 260/01.

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, Sr.ª Secretária da Casa, que com certeza apóia o nosso trabalho por mais duas horas, temos tempo suficiente para encaminhar e discutir os Projetos que estão na Pauta de hoje.

Este Projeto é de criação de uma feira de artesanato. As feiras de artesanatos e os artesãos da Cidade certamente têm e cumprem com a sua função social, cultural, artística e, é claro, abastecem desses pertences o entorno e a população que está ali e, por isso, sempre serão bem-vindas, Ver. Aldacir Oliboni.

Venho à tribuna para gizar a circunstância atual, que é a seguinte: feira de artesanato, atribuição do Executivo Municipal; criação, expansão, determinação de espaços, o Executivo Municipal tem aí as suas prerrogativas de estabelecimento, de incremento de feiras na cidade de Porto Alegre. É clara a Lei, nós temos vários defensores dessa tese na Bancada governista. Por exemplo, o Ver. Marcelo Danéris e o Ver. Juarez Pinheiro defendem sempre nesta tribuna que Projetos dessa natureza são de exclusiva iniciativa do Executivo, que não precisa nem enviar Projeto; pode executar – é sua tarefa -, pode implementar – é sua tarefa.

Então, veja, Ver. Luiz Braz, a situação em que nos encontramos neste momento: os Vereadores de oposição, nesta Casa, muitas vezes, instados pela população e instados por uma situação premente, urgente, com dificuldades objetivas, vêm, depois de várias e inúmeras tentativas pelas vias normais, tentar fazer com que o Executivo cumpra com as suas obrigações, e o Executivo assim não o faz, e aí resolvem fazer um Projeto.

Eu já fiz Projetos e tenho certeza de que vários Vereadores já fizeram Projetos neste sentido, e sofrem de parte da Bancada governista e do Executivo Municipal o bloqueio total, com o argumento de que isso é tarefa do Executivo, e de que legislar sobre isso é matéria exclusiva, ou de competência da iniciativa do Executivo.

Neste caso, sequer Projeto de Lei necessitaria. Se o Executivo entendesse ser necessária uma feira de artesanato no Parque Saint-Hilaire, poderia determinar que fosse feita. Eu acho que essa matéria tem méritos inegáveis, só que também possui vícios. Quando matéria desse tipo é apresentada por Vereador da oposição, a situação brada, aqui, sobre a inconstitucionalidade da iniciativa, e, por outro lado, se chega a ser aprovado, como muitas vezes o é, sofre o Veto do Executivo, volta a matéria à Casa para ser rediscutida.

Vejam quantas barreiras nós, da oposição, precisamos transpor e, mais ainda, se derrubado o Veto, há questionamento, em 80% dos casos, da inconstitucionalidade das Leis aprovadas e derrubado o Veto nesta Casa.

Nós estamos colocando aqui: há mérito, mas o Vereador, governista que é, da primeira cepa, talvez não seja tão influente dentro das correntes internas da Frente que sustenta o Governo Municipal, que teria podido implementar tal Feira. Talvez seja essa a questão, mas não esclareceu aqui o Vereador; deixou, portanto, dúvidas para nós, oposicionistas, quanto à sua posição. Vejo, portanto, dificuldades.

Nós estaremos aqui, Srs. Vereadores, aprovando essa Lei, que tem méritos, criando, por assim dizer, dois tipos de Vereadores: aqueles da oposição, que têm todas essas barreiras para chegarem lá, e, muitas vezes, não chegam, e os da situação, que, para marcarem os seus nomes pessoais, colocam Projetos dessa natureza, porque eles poderiam, sendo da situação, fazer através do Executivo.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para encaminhar a votação do PLL n.º 260/01.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras e Srs. Vereadores, o Vereador Aldacir Oliboni propõe Projeto de Lei que institui a Feira do Artesanato e Artes Plásticas do Parque Saint-Hilaire no Município de Porto Alegre e dá outras providências.

Foi bom que o Ver. Wilton de Araújo chamou a atenção para essa matéria, porque o Ver. Aldacir Oliboni, com o nosso voto, também aprovou a Feira do Artesanato, de sábado, no Brique da Redenção, desde a Rua Vieira de Castro até a Av. João Pessoa.

Realmente, a Bancada do PT, o PT e nós todos propugnamos e compreendemos que os excluídos sociais, aqueles que têm dificuldade de emprego – e o desemprego cresce assustadoramente no País e aqui em Porto Alegre –, na busca de alternativas não-convencionais e do emprego fixo, que não existe, buscam outras alternativas, inclusive essa do artesanato, que tem ainda um conteúdo artístico. Aliás, tem um exame na Secretaria do Trabalho; não é qualquer um que diz: “Eu vou vender como artesão”. Não. Há burocracia; há, inclusive, uma carteira para essa função. Esse aqui é o segundo Projeto que o Vereador apresenta na Casa. O primeiro é aquele da Feira de Artesanato, só que – e aí vem a contradição – existe um grupo de cento e trinta artesãos que, ao término da Feira instituída pelo Ver. Aldacir Oliboni, sábado, da Rua Vieira de Castro para a Av. João Pessoa - num outro trecho da Vieira de Castro até a Santa Teresinha, do lado da Av. Osvaldo Aranha -, esses, que também são artesãos, que precisam trabalhar, que são pacíficos e que também do ponto de vista do PT, da nossa visão e daqueles que têm compreensão com quem quer trabalhar, foram, sábado passado, escorraçados pelo Sr. Adeli Sell, Secretário da SMIC. É claro, pressionados pelas pessoas que o Ver. Aldacir Oliboni colocou lá, na sua maioria de conotação petista, estão fazendo pressão para que as demais pessoas que querem trabalhar, da Rua Vieira de Castro para a Rua Santa Terezinha, não façam concorrência, embora queiram trabalhar e se instalem depois da saída desses que o Ver. Aldacir Oliboni instituiu com o nosso voto aqui. Isso é uma contradição de um Secretário do PT, de uma postura de um Governo que se diz a favor dos excluídos e da arrogância do atual Secretário da SMIC, que só fotografa, que só beneficia o grande comércio desta Cidade. Ele implicou até com os que vendem churrasquinho nesta Cidade; é de uma arrogância, é de um autoritarismo impressionante, que até nos surpreende, porque, aqui no plenário, ele fazia papel de um “gordinho bonachão”, coisa que na Administração não é.

Ver. Wilton Araújo, há poucos dias, o Ver. João Antonio Dib pediu que cada um de nós apresentasse um Projeto para ser votado antes do recesso. Apresentei o Projeto que amplia a Feira do Artesanato para os que também são artesãos, só que não têm carteirinha e não têm filiação no PT. Então, eu quero ver qual é a posição da Bancada do PT e do Ver. Aldacir Oliboni, que está para criar, pela segunda vez, uma feira de artesanato; já criou uma, agora está criando essa aqui. Nada contra, tudo a favor daqueles que querem trabalhar, que são artistas e que merecem ter um lugar ao sol, só que tem de haver coerência da parte do Governo e principalmente do Sr. Secretário da SMIC, que, simplesmente, foi lá, pessoalmente - que coisa incrível! -, e aí os jornais publicam que ele teria sido agredido por outra senhora lá. Bem, mas se o Secretário se expõe a discutir com as pessoas, é claro que se expõe, inclusive, a situações constrangedoras.

Eu aviso que sábado, à revelia do Secretário - porque esta Cidade é livre, o espaço é público, e todos têm o direito de ter um lugar ao sol -, eu estarei, sábado à tarde, lá com os artesãos, esperando o Secretário da SMIC, para vermos quem tem o direito de trabalhar ou quem não tem.

Voto a favor do Projeto, pela segunda vez, do Ver. Aldacir Oliboni.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra para encaminhar a votação do PLL n.º 260/01.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr.ª Ver.ª Maria Celeste, presidindo os trabalhos, Srs. Vereadores, Sr.ªs Vereadoras, a iniciativa do Ver. Aldacir Oliboni tem o mérito de estar propondo a criação de uma feira de artesanato. E nós sabemos que em um País como o nosso, em que cada dia mais aumenta o número de desempregados, aumenta mais a necessidade de busca de opção de emprego, o artesanato é uma alternativa.

Foi colocada aqui a questão de vício de origem, porque institui - e nós sabemos que, quando fala em instituir, ele cria, seria uma prerrogativa do Executivo. Mas, Ver. Aldacir Oliboni, quero dizer que isso, na minha visão, passa a ser relegado a um segundo plano, porque o mérito é maior, porque realmente precisamos cada vez mais criar mecanismos, e aqui V. Ex.ª está legalizando um novo lugar onde as pessoas poderão ir e fazer demonstrações do seu produto para que a população do entorno ou quem for visitar o Parque Saint-Hilaire possa buscar. Acho que isso é muito importante.

Percebi também que V. Ex.ª, quando entrou com o Projeto, o fez de maneira descritiva, com dez artigos, mas mais adiante resolveu suprimir, suprimindo os artigos 3.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º e 8.º, ou seja, reduzindo, praticamente o seu Projeto a dois artigos: “Fica instituída como evento cultural, econômico, comercial e turístico do Município de Porto Alegre, a Feira de Artesanato e Artes Plásticas do Parque Saint-Hilaire”. E o art. 2.º: “O espaço destinado à Feira, os dias e horários de seu funcionamento serão determinados por uma comissão paritária composta por participantes da Administração do Parque Saint-hilaire, da Administração Municipal e dos representantes dos expositores”.

Portanto, no seu Projeto, caso seja aprovado, também, o Executivo não terá o poder de determinar, porque aqui cria-se uma comissão paritária.

Eu não sei, Ver. Aldacir Oliboni, V. Ex.ª poderia até colaborar com este Vereador; por exemplo, quem são os expositores? Estão previamente escolhidos? Gostaria de saber. Porque, quando diz representantes, eu gostaria de saber, tenho essa dúvida.

Depois: “...da Administração do Parque Saint-Hilaire, da Administração Municipal”. Eu também gostaria de saber se a Administração do Parque Saint-Hilaire já não pertence à Administração Municipal.

Então, são dúvidas que eu tenho na formulação do Projeto. Mas, de qualquer maneira, entendo que é meritório. Eu gostaria, Ver. Aldacir Oliboni - não posso dar aparte, porque não é permitido, mas eu gostaria, por exemplo, de saber se a Administração do Saint-Hilaire é ou não é do Município de Porto Alegre. É? Porque V. Ex.ª coloca Administração do Saint-Hilaire - e é uma Administração do Município - e depois da Administração Municipal. Ah, é SMIC. E agora talvez nós não tenhamos tempo de fazer Emenda, seria a SMIC, porque nós já estamos em uma fase de encaminhamento.

Então, são detalhes. E a outra preocupação foi a seguinte: representante dos expositores. Já tem os expositores? Se há os expositores, de que forma eles foram selecionados? Então, esta é apenas a dúvida que este Vereador tem.

Mas eu volto a dizer, o Projeto é meritório, oferece a criação de novas vagas, novos empregos, e esse mercado informal cada dia cresce mais no nosso Estado.

Vejo lá o Ver. Pedro Américo Leal de maneira atenta, ouvindo a nossa fala; nós sabemos, Vereador, que a cada dia que passa, infelizmente, o nosso País está mais empobrecido, aumentando o número de desempregados, e situações como essa não resolvem o problema, mas são paliativos que, pelo menos, minimizam a parte daqueles que porventura possam ser expositores. Parabéns, Ver. Aldacir Oliboni. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o PLL n.º 260/01. (Pausa.) O Ver. Raul Carrion está com a palavra para encaminhar a votação.

 

O SR. RAUL CARRION: Ex.mo Ver. João Dib, demais Vereadores, Ver. Oliboni, que protocolou este Projeto, não vou usar os cinco minutos do encaminhamento, até pelo horário que corre e os compromissos da Casa. Mas, Ver. Oliboni, quero dizer que me somo, votarei favoravelmente. Creio que o incentivo ao artesanato não é só uma geração de renda, é também um incentivo ao turismo, um incentivo à divulgação da cultura, à própria cultura, porque, além dos empregos, eu pelo menos quando viajo, quando há esta possibilidade, o que eu procuro é conhecer a arte, o artesanato dos povos. Eu acho que isto aqui vai propiciar um outro espaço para que isso se realize.

Mas eu gostaria de dizer que também entendo que, do ponto de vista formal, poderíamos dizer que este Projeto seria de caráter autorizativo, visto que o Executivo poderia fazer isso. Mas tenho defendido que temos de examinar, nesses casos, o conteúdo. Há Projetos autorizativos que são totalmente descabidos, porque ingressam numa seara inadequada. Mas quanto a este, como também quanto a alguns outros, temos de analisar pelo seu mérito.

Por isso, vamos votar favoravelmente, parabenizando o Ver. Aldacir Oliboni. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação do PLL n.º 260/01.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. João Antonio Dib, Presidente da Casa, o Vereador que me antecedeu disse que este Projeto é autorizativo. Não é autorizativo. Este Projeto institui como evento cultural, econômico, comercial e turístico, no Município de Porto Alegre, a Feira do Artesanato e Artes Plásticas do Parque Saint-Hilaire.

Até estou curioso para ver o voto de alguns Vereadores, aqui, neste plenário. Estou curioso, por exemplo, para ver como vai votar o meu amigo Ver. Juarez Pinheiro, que é um Vereador da Comissão de Justiça, e que tem feito um trabalho brilhante, mas sempre se manifestou contrário a este tipo de legislação. Estou curioso para ver o voto do Ver. Marcelo Danéris, que é o Líder da Bancada petista e que também não gosta muito desses Projetos. E sempre que o Projeto é da oposição não tem validade, não tem aceitação por parte da Bancada petista. Estou curioso para ver esses votos.

Eu vou votar favoravelmente, porque sempre votei favorável a esses Projetos.

E lembro que, certa feita, quando quisemos criar o espaço para artesanato ali na Praça da Alfândega, a Bancada do PT interveio de mil maneiras, até que o texto final ficou de um dos Vereadores do PT, Ver. Guilherme Barbosa, na época.

O PT não aceita que alguém possa, alguma vez, conceber algo que seja instituído aqui no Município. Tudo, na verdade, tem de ser da Bancada do PT.

Mas, olhem, como estamos falando do Ver. Aldacir Oliboni, que várias vezes já fez o papel de Cristo, gostaria de dizer que ele está criando essa Feira do Artesanato, mais uma vez, e vou votar favoravelmente, mais uma vez, assim como já votei em outras ocasiões.

Agora, eu vou votar mantendo a minha coerência, mas quero ver se os outros Vereadores mantêm também a sua coerência, porque, afinal de contas, acho que não podemos ter Projetos que pertencem a Vereadores de oposição e Projetos que pertencem a Vereadores de situação. E aqueles doutos da Comissão de Constituição e Justiça, a quem respeito muito, são pessoas realmente bastante ilibadas, conhecedoras do Direito, todos os Vereadores da Comissão de Justiça: o Ver. Juarez Pinheiro, o Ver. Elói Guimarães, o Ver. Marcelo Danéris, a Ver.ª Margarete Moraes, o Ver. Reginaldo Pujol. Estes são todos Vereadores da Comissão de Justiça. Só que este Vereador está tranqüilo, porque sempre votou favoravelmente esse tipo de Projeto. Acredito que podemos fazer, atuar, legislar sobre matérias desse tipo, mas sei que não somos uma unanimidade na Comissão.

Por isso estou desafiando os meus amigos Vereadores da Comissão de como votarão este Projeto de Lei aqui, se votam favoráveis ou votam contrários a este Projeto, porque eu tenho certeza de que esse voto vai também guiar os votos dos próximos Projetos que vamos ter aqui, na nossa Casa, e sei que não vai se resumir apenas a esta apresentação, hoje, aqui, do Ver. Aldacir Oliboni.

Então, já anuncio o voto da Bancada do PSDB: é um voto favorável à criação dessa Feira do Artesanato.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação nominal o PLL n.º 260/01. (Após a apuração nominal.) APROVADO por 24 votos SIM.

Em votação a Emenda n.º 01, aposta ao PLL n.º 260/01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.

Vota-se a Emenda n.º 02: (Lê a Emenda n.º 02.) “Art. 1.º - Ficam suprimidos os §§ 1.º e 2.º, bem como seus incisos, ambos do art. 3.º, e os artigos 7.º e 8.º da redação original do Projeto de Lei do Legislativo”.

Em votação a Emenda n.º 02, aposta ao PLL n.º 260/01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.

Em votação a Emenda n.º 03: (Lê a Emenda n.º 03.) “Exclui os artigos 3.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º e 8.º do texto inicial do referido Projeto; renumerem-se os demais artigos”. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 2326/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 137/02, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Bruno Hafner um logradouro não-cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 25-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 137/02. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.   

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3654/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 232/02, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que denomina Rua Mario Antunes da Cunha um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Petrópolis.

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 25-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 232/02. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 0761/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 013/03, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que denomina Praça Cláudio Dischinger um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Três Figueiras.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 18-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 013/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.   

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1067/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 022/03, de autoria do Ver. Elias Vidal, que denomina Praça Affonso Silveiro um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Tristeza.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 18-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 022/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.   

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1275/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 037/03, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Francisco Novelletto Neto.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 18-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 037/03. (Pausa.)

    

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito adiamento da discussão do PLL n.º 037/03 por uma Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação Requerimento, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que solicita adiamento de discussão do PLL n.º 037/03 por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1451/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 039/03, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que denomina Rua Harry Graeff um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Partenon.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 25-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 039/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1574/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 047/03, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que denomina Rua Enio Melo um logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 6242, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 25-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 047/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.   

    

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1606/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 055/03, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que denomina Rua Eliza Tevah um logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 6244.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 25-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 055/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 0001/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 001/03, de autoria dos Vereadores Raul Carrion e Clênia Maranhão, que concede o Prêmio de Cidadania e Direitos Humanos Herbert de Souza à Petrobrás S/A.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 25-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR n.º 001/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1159/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 018/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que concede o título honorífico de Líder Comunitário ao Senhor João Alves dos Santos.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 23-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR n.º 018/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1281/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 026/03, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que concede o título honorífico de Honra ao Mérito Policial ao Major Juarez Fraga Corrêa da Costa Júnior.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 04-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR n.º 026/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, por unanimidade.

 

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1448/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 028/03, de autoria do Ver. Elias Vidal, que concede o título honorífico de Líder Esportivo ao Técnico de Atletismo do Sport Club Internacional Antônio Pereira Amaral.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 18-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR n.º 028/03. (Pausa.)

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA (Requerimento): Sr. Presidente, por gentileza, solicito que a discussão do PR n.º 028/03 seja adiada por duas Sessões.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o Requerimento do Ver. Carlos Alberto Garcia, solicitando que a discussão do PR n.º 028/03 seja adiada por duas Sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneça sentados. (Pausa.) APROVADO, por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1457/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 029/03, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que concede o título honorífico de Honra ao Mérito Policial ao Delegado da Polícia Federal Nicio Brasil Lacorte.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 18-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR n.º 029/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1578/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 034/03, de autoria do Ver. Zé Valdir, que concede o título honorífico de Líder Esportivo ao Presidente do E. C. São José, Senhor Luiz Fernando Gomes Moreira.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 18-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR n.º 034/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1605/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 037/03, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que concede o Prêmio Francisco José Zaffari de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente à Clínica Esperança de Amparo à Criança.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 23-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR n.º 037/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, esgotada a relação da matéria, eu pediria à V. Ex.ª que submetesse à apreciação do Plenário a Moção de Apoio aos funcionários da VARIG.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ (Requerimento): Sr. Presidente, sem encaminhamentos, solicito que seja colocado em discussão o PLL n.º 214/02.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o Requerimento n.º 121/03, de autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia, que requer Moção de Solidariedade aos funcionários da VARIG pela exclusão dos créditos trabalhista e previdenciário da participação acionária na empresa que for criada a partir da fusão VARIG/TAM. Todos os Vereadores Líderes encaminharam na presença dos interessados. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3355/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 214/02, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que declara de utilidade pública a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Aldacir Oliboni: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Almerindo Filho: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 25-06-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL n.º 214/02, de autoria do Ver. João Bosco Vaz. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, por unanimidade.

Convidamos os Srs. Vereadores para a Sessão, amanhã, às 14h, sob a presidência do Ver. Elói Guimarães, já que este Vereador assumirá a Prefeitura ao meio-dia. Saúde e paz! Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 19h13min.)

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